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Cotidiano

Funcionários de fábrica de lingerie denunciam atraso de salários e MPT pede comprovantes de pagamento

Os funcionários da empresa Universo Íntimo, que atua na confecção de lingerie, denunciam que estão sem receber salários há cinco meses. Além disso, dizem eles, a empresa está abandonada: não há energia elétrica ou trabalhadores no local.
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Funcionários de fábrica de lingerie denunciam atraso de salários e MPT pede comprovantes de pagamento
Foto: Ilustrativa

Os funcionários da empresa , que atua na confecção de lingerie, denunciam que estão sem receber salários há cinco meses. Além disso, dizem eles, a empresa está abandonada: não há energia elétrica ou trabalhadores no local.

A fábrica é alvo de denúncias desde 2015 e os funcionários seguem ‘presos’ à empresa, já que não conseguem dar baixa na carteira de trabalho e partir para a procura de um novo emprego.

De acordo com denúncias feitas por trabalhadores ao Jornal Midiamax, a empresa tem cerca de 50 funcionários, mas está parada há quase dois meses, já que nem os guardas permanecem no local. A justificativa da empresa para a equipe é de que não há como pagar os salários caso não haja produção, mas a fábrica está sem energia elétrica e não recebe matéria prima, como tecidos e aviamentos, há meses.

“Estamos com 5 salários atrasados, estamos pedindo pelo menos o de março que a gente não recebeu. Ele [dono] não pagou, falou que não tem condições, falou que tem que faturar para receber, mas está faltando matéria prima, ele não compra”, justifica uma auxiliar de corte.

Sem salários, mas ainda ligados à empresa, os trabalhadores reclamam da falta de informações. Segundo uma costureira, que não quis se identificar, muitos trabalhadores têm procurado a rescisão indireta, mas a questão leva tempo. “Estas coisas demoram, até o juiz dar baixa na carteira ainda somos funcionárias de lá e alguém deveria nos dar explicação do que está acontecendo de verdade”, diz.

A empresa Universo Íntimo tem sede administrativa em . Procurada pelo Midiamax, a única representante local da empresa é a gestora de RH (Relações Humanas), que alegou não ter informações sobre o motivo do atraso no pagamento dos funcionários, das contas de energia ou dos fornecedores.

O MPT-MS (Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul) informa que recebeu uma denúncia feita pelos funcionários em abril deste ano e que foi instaurada investigação para apurar a situação da fábrica. “O MPT requisitou à Superintendência Regional do Trabalho ação fiscalizatória em face da empresa Universo Íntimo Indústria e Comércio de Vestuário Ltda, com o objetivo de verificar irregularidades quanto ao atraso no pagamento de salários e no recolhimento do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço)”, disse em nota.

Nesta quarta-feira (8), o MPT encaminhou ofício ao representante legal da empresa para pedir a apresentação de cópias de comprovantes de pagamento de salários dos empregados referentes aos meses de abril, maio e junho, no prazo de 10 dias.

Enquanto não conseguem receber ou se desligar da empresa, os funcionários passam por dificuldades em casa. Uma auxiliar de produção, que não quis se identificar, afirma que têm contas atrasadas e recebe ligações do banco diariamente. “A gente tem filho pequeno, é muito difícil, pior agora porque também tenho um marido desempregado”, lamenta.

Problema antigo

A empresa Universo Íntimo obteve benefícios tanto do governo do Estado, com redução no ICMS (Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços) como da Prefeitura de , quando foi beneficiada pelo Prodes (Programa de Desenvolvimento Econômico e Social de Campo Grande) com a doação do terreno, onde foi erguido galpão estimado em R$ 14 milhões.

Os atrasos salariais e condições insalubres de trabalho estão entre as reclamações dos funcionários há anos. Em 2015, surgiram as primeiras reclamações por atraso de salário e outras violações de direitos trabalhistas. Após ação movida pelo sindicato, a empresa chegou a ter bens bloqueados e alegou as dificuldades financeiras à má gestão.

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