Empresa descumpriu acordo e foi notificada

Proibida de cobrar estacionamento rotativo no Centro de Campo Grande aos sábados, a Flexpark mobilizou funcionários, na manhã de hoje (10), para protesto pelas ruas do Centro. Os trabalhadores temem por demissões ou descontos nos salários em razão do expediente reduzido.

Sócio-proprietário da Flexpark, Tiago Domingues Nogueira é categórico ao afirmar que sem poder fazer cobranças do estacionamento aos sábados, não terá trabalho para os 85 funcionários que atuam na empresa hoje.

“Teremos que demitir uma parte”, disse, ressaltando estar revoltado com a atitude do MPE-MS (Ministério Público Estadual) – responsável por TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) que foi descumprido pela empresa.

Além de reduzir os ganhos e a demanda de trabalho para os funcionários, a empresa justifica que a suspensão da cobrança aos sábados resultará em prejuízo para o comércio da cidade.

Gerente de marketing da Flexpark, Bruna Barreto explica que o trânsito no Centro ficará desorganizado aos sábados porque haverá menos rotatividade nas vagas, ou seja, o mesmo veículo ficará horas na mesma vaga.

“O comerciante depende da vaga para o cliente, o maior problema para o comércio seria se o funcionário deixasse o carro em frente ao estabelecimento, vai acabar deixando o dia inteiro e não vai ter vaga para o cliente”, afirma.

Ainda de acordo com a Flexpark, pesquisa já foi realizada e aponta que 30% das vagas ocupadas em dias de semanas são referente a carros de funcionários do comércio.

Diante do discurso, parte dos 85 funcionários da empresa, incluindo alguns de folga, fazem protesto nas ruas do Centro nesta manhã. Em passeata pelas calçadas, o grupo conversa com comerciantes e motoristas na tentativa de detalhar os prejuízos com o fim da cobrança ais sábados.

Flexpark ameaça demissões e funcionários protestam por volta de cobrança

O Jornal Midiamax questionou a Flexpark sobre o descumprimento do TAC, situação que motivou a notificação para cobrança do estacionamento aos sábados, mas os representantes da empresa se limitaram a afirmar que 28,5% da arrecadação é repassada para a Agetran (Agência Municipal de Trânsito), que investe o valor na melhoria do trânsito.