No domingo o Brasil faz seu primeiro jogo na Copa do Mundo 2018 em uma partida contra a Suíça, às 14 horas (horário local), e o clima de estreia toma conta dos vendedores ambulantes em Campo Grande. Eles vendem camisetas da Seleção Brasileira, bandeiras e diversos acessórios que os torcedores campo-grandenses podem adquirir por preços que variam de R$ 70 a R$ 90 para as camisetas e de R$ 5 a R$ 15 entre os acessórios.
A funcionária pública Maria de Fátima Cardoso, de 45 anos, acordou cedo neste sábado para ajudar o marido, Silvio Reis, de 49 anos, a vender a camisetas da Seleção em uma barraca montada na Avenida Afonso Pena que, segundo ela, é um bom lugar para as vendas devido ao movimento de carros e pedestres. “Agora mesmo parou duas pessoas pra comprar e eu nem terminei de colocar”.
Ainda de acordo com ela, as vendas estão razoáveis, mas como está perto do primeiro jogo do Brasil tendência é melhorar. “Tá (sic) vendendo razoável, mas perto da estreia vende mais porque brasileiro é assim mesmo, deixa tudo pra última hora”.
José Ângelo, empresário de 49 anos, estava à procura de uma camiseta para ver os jogos e, apesar de insatisfeito com a atual situação do Brasil, irá torcer pela Seleção e acredita que ela se saíra bem. “A Seleção Brasileira está bem, o Brasil é que está ruim”, pontua.
O vendedor ambulante, Rafael Silva, de 23 anos, que geralmente trabalha vendendo bolas no Centro de Campo Grande, também está aproveitando o clima de estreia e, desde sexta-feira, está vendendo camisetas do Brasil. Segundo ele as vendas estão boas e espere que melhore cada vez mais.

A família do estudante Roger Esquevel, de 19 anos, tem dois boxes no Camelódromo e ele está ajudando nas vendas, expondo as camisetas no canteiro central no cruzamento das avenidas Afonso Pena e Noroeste.
De acordo com ele, a família pensou em investir cedo nas vendas, disponibilizando as camisetas há cerca de um mês e fazendo, inclusive, divulgação pelas redes sociais. “Eu publiquei no Facebook e tive bastante público. Pensei que seriam apenas umas 15 pessoas, mas chegou a 50 interessados”, conta.
Para ele a procura está grande justamente por conta da expectativa que as pessoas estão para os jogos, principalmente depois do desempenho da seleção nos amistosos. Mas não é apenas as camisas da seleção brasileira que estão vendendo bem e, de acordo com Roger, as camisas da Espanha, Alemanha e Argentina também são bem procuradas. “Tem bastante gente que comprou a camiseta da Argentina, inclusive tive que ir buscar mais”, disse.
A clientela mais diversificada deve continuar durante todo o Mundial e ele garante que enquanto tiver uma seleção ganhadora as camisetas estarão sendo vendidas. “Mesmo se o Brasil perder, vamos continuar vendendo da seleção que estiver ganhando porque depende muito da demanda do público”, afirma.
Outra vendedora que está com a expectativa muito boa para vendas é Maria da Paz Gomes, de 50 anos, que nos dias normais vende balão de gás, mas neste sábado resolveu investir em bandeiras, chapéus, cornetas e diversos acessórios verde e amarelo. “Enquanto o Brasil ganhar terá vendas”, disse.
Na estreia ela pretende fazer suas vendas na Praça do Rádio Clube, onde será instalado um telão para a população acompanhar os jogos da Seleção. Sobre o jogo ela arrisca um palpite, pensando em seu negócio. “2 a 1 para o Brasil, com certeza o Brasil ganha porque se não temos que guardar a mercadoria amanhã já”, finaliza.