CDL e Conselho de Segurança estiveram reunidos com Trad nesta tarde (14)

​Empresários e representantes do Conselho de Segurança da região central estão buscando uma solução para a situação do prédio onde funcionava a da Capital, no bairro Amambaí. De acordo com o presidente da CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas), Adelaido Vila, tanto moradores, como comerciantes da região estão insatisfeitos com a protelação em decidir que fim levará o espaço pertencente a Prefeitura.

Segundo Vila, atualmente, a Prefeitura detém cerca de 9% do que sobrou do antigo terminal rodoviário da Capital, mais especificamente a área que compreende o local onde antes era feito o embarque de passageiros e parte de guichês.Empresários dão 'ultimato' para solução de problemas da antiga rodoviária

“Queremos um posicionamento do Prefeito. Se ele pretende demolir o local, temos parceiros que podem demolir. Se ele pretende permitir a exploração econômica, a cedência do espaço, também temos bons parceiros que podem ajudar nisso”, afirmou o empresário.

Adelaido, um grupo de empresários, moradores e integrantes do Conselho de Segurança foram até a Prefeitura na tarde desta quarta-feira (14) para saber do prefeito Marquinhos Trad (PSD) um posicionamento definitivo quanto à situação do local e arredores.

“Ali, estamos vendo dois tipos de vítima. Moradores de rua que são vítimas sociais e, ainda, os moradores do bairro Amambaí que vivenciam completo abandono. Estamos aqui nos propondo a contribuir, ajudar e ter essa definição da Prefeitura. O que o prefeito se propor a fazer, nós temos a saída através da iniciativa privada”, afirmou o presidente da CDL.

Há inúmeras alternativas para ‘ocupar' o espaço, conforme Vila. Segundo ele, há pessoas interessadas em revitalizar o local, sem mesmo utilizar recursos advindos dos cofres públicos, mas até o momento o que se vê é a desvalorização dos imóveis e da própria estrutura. “Precisamos de uma definição urgente da Prefeitura. Do jeito que está não dá para ficar mais”, disse.

Parceria

No que tange às questões sociais, vivenciadas pelos usuários de entorpecentes que costumeiramente se encontram no local, o Conselho de Segurança do Centro está em busca de parceiros interessados em fazer ‘bom uso' do espaço.

“O espaço pode ser utilizado por universidades, supermercados, laboratórios, hospitais, uma infinidade de estabelecimentos que queiram ocupar. O restante da parte comercial pode ser tocada pelos comerciantes que são proprietários ali”, conta.

Segundo o Presidente, um grupo de 20 ex-moradores de rua foi encaminhado ao mercado de trabalho com a ajuda do Conselho de Segurança e há, inclusive, uma clínica psiquiátrica, com número ilimitado de vagas, oferecendo tratamento àqueles que necessitam – e aceitam.

“Hoje os usuários de drogas estão ocupando justamente a área sob responsabilidade do poder público. O que a gente quer é ajudar essas pessoas, mas para isso precisamos do aval da Prefeitura”, conclui.