Ceasa enfrenta desabastecimento e preços de hortifrutis já disparam
O Ceasa (Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul) de Campo Grande já enfrenta o desabastecimento de produtos hortifrúti nesta quinta-feira (24), devido à greve dos caminhoneiros. De acordo com gerente de abastecimento, Cristiano Chaves, dos 500 caminhões previstos para chegarem ao local logo no começo desta manhã, apenas dois conseguiram descarregar. Até a […]
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O Ceasa (Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul) de Campo Grande já enfrenta o desabastecimento de produtos hortifrúti nesta quinta-feira (24), devido à greve dos caminhoneiros. De acordo com gerente de abastecimento, Cristiano Chaves, dos 500 caminhões previstos para chegarem ao local logo no começo desta manhã, apenas dois conseguiram descarregar.
Até a quarta-feira (23), diz Chaves, o problema era o atraso para descarregar as mercadorias, pois, apesar dos bloqueios nas rodovias, os caminhoneiros estavam permitindo a passagem das cargas de perecíveis. Porém, desde a tarde da quarta-feira, nem estes produtos estão sendo transportados.
De segunda a sábado, passam entre 4 e 5 mil pessoas diariamente no local. A movimentação caiu para cerca de 500 nesta quarta-feira, o movimento esperado para um domingo.
Os preços também já refletem a alta causada pelo desabastecimento. Os estoques de produtos como tomate, cebola e batata devem aguentar apenas até a quinta-feira. A batata já registra alta de 92%, passando de R$ 3,50 para R$ 5. O tomate, de 63%, subindo de R$ 2,20 para R$ 3,60. “Se a capital está assim, o interior deve está pior”, diz o gerente.
Conforme o gerente, o Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), principal entreposto brasileiro está com apenas cerca de 40% da capacidade. O fato afeta diretamente o abastecimento em Campo Grande, uma vez que 85% das mercadorias são “importadas” de São Paulo.
Supermercados
A greve dos caminhoneiros, que entra no 4º dia nesta quinta-feira (24), pode provocar a falta de produtos alimentícios nos supermercados de Campo Grande. De acordo com o presidente da Amas (Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados), Edmilson Veratti, a situação deve ficar crítica a partir de sábado (26) e os municípios do interior do Estado são os mais atingidos com o desabastecimento.
Com a greve dos caminhoneiros, muitos estabelecimentos estão sem receber mercadorias desde o começo da semana e, neste momento, comercializam apenas os estoques. Segundo Veratti, não é possível nem falar em quais mercadorias serão as mais atingidas.
Nos estabelecimentos, o clima entre os clientes ainda é tranquilo. Em uma rede varejista, há um aviso sobre a possibilidade de falta de mercadorias. Segundo o gerente, é esperado um aumento no movimento a partir das 18 horas.
A aposentada Teresa Nogueira, 63 anos, afirmou que ainda não é possível sentir os reflexos da greve. “Ainda é o terceiro dia da greve e não deu para sentir. Não sei se vai afetar”, diz. Também aposentada, Ivone Andrade diz estar tranquila, mas acompanha o temor da população. “A minha geladeira está cheia, mas, o pessoal está com medo”, diz.
Greve dos caminhoneiros
A greve dos caminhoneiros continua e entra no quarto dia consecutivo nesta quinta-feira (24). A categoria bloqueou 15 pontos em estradas federais na quarta-feira (23) e o número deve aumentar, segundo o Sindicam-MS (Sindicato dos Caminhoneiros de Mato Grosso do Sul). Os caminhoneiros pedem a adesão de outras categorias, além de ajuda com suprimentos.
Ainda segundo o sindicato, haverá bloqueios em mais 18 cidades: Sidrolândia, Maracaju, Itaporã, Dourados, Rio Brilhante, Nova Alvorada, Bataguassu, Naviraí, Mundo Novo, Paranaíba, Chapadão do Sul, Sonora, Coxim, São Gabriel, Bandeirantes, Aquidauana, Água Clara e Nova Andradina.
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