Funcionários de três terceirizadas não receberam

Atrasos recorrentes no pagamento de salários, atraso no pagamento do 13º e funcionários que não recebem férias são os principais motivos que estão levando os empregados de empresas terceirizadas do Governo do Estado a paralisarem atividades nesta quinta-feira (25). Além de procedimentos internos e ações civis públicas no MPT (Ministério Público do Trabalho), trabalhadores e sindicatos da categoria acreditam que esta seja a única saída para chamarem a atenção ao caso.

As empresas Disp Segurança e MG Segurança são citadas pelos sindicatos da categoria em e Dourados, a 225 quilômetros da Capital, como as que mais apresentam problemas de não cumprimento dos compromissos trabalhistas.

Entre trabalhadores, empresas, sindicados e Governo, percebe-se que o caos atinge a categoria de dos órgãos públicos do Estado. 

Sindicatos

Celso Adriano Gomes Rocha, presidente do Seesvig (Sindicato dos Empregados de Empresas de Segurança) diz que um ato será realizado em frente à unidade do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul) que fica na saída para Rochedo em Campo Grande, nesta quinta-feira (25), a partir das 7 horas da manhã.

“Com trabalhador ou sem trabalhador estaremos lá. Vamos lá para cobrar tanto a empresa como o Governo”, informa Celso. Para ele, tanto as empresas como o Governo precisam arcar com suas responsabilidades.

“Se há dívidas com as empresas, que paguem. E as empresas tem que ter capital. Se não está suportando o contrato, que passe para outra. Quem contrata também tem culpa, porque não fiscaliza e não cobra, ou tá fugindo do papel principal que é pagar, para que as empresas possam cumprir com o compromisso com os funcionários”, avalia.

Caos: vigilantes terceirizados não recebem e organizam paralisação

Os dois sindicatos afirmam que, em contato com as empresas, a informação é que o Governo está em atraso com os repasses. A situação afetou inclusive a empresa SJT Segurança, que segundo Celso, nunca havia atrasado pagamentos.

Ministério Público do Trabalho

O MPT-MS (Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul) confirma diversas ações contra as empresas. “O MPT recebe denúncias todos os dias com relação a essas empresas”, informa a procuradora do trabalho Rosimara  Delmoura Caldeira. “A justificativa das empresas é que o Governo atrasa, mas a gente entende que a empresa é responsável”, ressalva.

Trabalhadores

Diversos trabalhadores que prestam serviços de vigilância e segurança para órgãos estaduais, entre eles Detran e Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), entraram em contato com o Jornal Midiamax relatando a difícil situação pela qual estão passando. Um dos funcionários, que não quis ser identificado, relatou também que não recebe férias.

“Estou há 3 anos trabalhando, não recebo férias, o salário atrasa todo mês. A gente não pode fazer compromisso pra pagar contas. O fundo de garantia não estão depositando, é descontado descontado, mas não é depositado”, afirma.

Respostas

A reportagem do Jornal Midiamax solicitou posicionamento junto com a Agesul e o Detran-MS. A Agesul informou, por meio de assessoria, que já está tomando as providências junto a Sefaz (Secretaria Estadual de Fazenda) e na quinta-feira pela manhã deve dar informações. O Detran não respondeu até o fechamento deste texto. A empresa Disp Segurança não quis se pronunciar sobre o assunto. Os telefonemas para a MG Segurança não foram atendidos.

O sócios da empresa SJT Segurança, Adilson Bevilaqua, confirmou atrasos de repasse do Governo, com 5 notas fiscais em aberto e que, por este motivo, não conseguiu honrar com a folha de pagamentos de dezembro com os cerca de 90 funcionários locados em repartições da Agesul. Ainda, conforme a empresa, a Agesul informou que dará posicionamento até o final da manhã esta quinta-feira (25).

Matéria editada às 18:21 para inserção de posicionamento da Agesul.