Manifestantes se concentram na Praça Ary Coelho
A repercussão da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL), ontem à noite no Rio de Janeiro, superou barreiras e é motivo de protestos em Campo Grande, na tarde desta quinta-feira (15). Cerca de 100 pessoas, entre filiados do partidos e apartidários, se reúnem na praça Ary Coelho, no Centro da Capital, para pedir por Justiça e pelo fim da violência contra a mulher.
Organizado pelas redes sociais, a manifestação começou tímida por volta das 17 horas e pouco antes das 18 horas mais de 100 pessoas se aglomeraram no coreto da praça. O grupo protesta, agora, na esquina da Avenida Afonso Pena com a Rua 14 de Julho.
Com megafones, faixas e cartazes, os manifestantes gritam palavras de ordem contra o governo Michel Temer (MDB). O grupo ainda analisa se fará passeata nas ruas ou se permanecerá concentrado na esquina da praça.
Uma das organizadores do protesto, Agnes Viana tem 20 anos, é estudande de Pedagogia na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e também filiada ao PSOL. Ela conta que conheceu Marielle no estado carioca e ainda não acredita na morte, que a polícia do Rio de Janeiro acredita se tratar de uma execução.
Outra que participa do protesto é a professora Roberta Salgado, de 32 anos. Ela conta que soube da manifestação pelas redes sociais e decidiu comparecer em solidariedade à Marielle. “A importância de estar aqui é justamente pelas pautas que a Marielle levantava”, disse.
Manifestantes também lembraram da morte da musicista campo-grandense Mayara Amaral, assassinada em julho do ano passado. Com cartaz, Rose Borges lembrou que o ato não é exclusivo para a morte da vereadora, mas sim de todas as mulheres.
“Não podemos esquecer das nossas lutas porque se não vão ser mais Mayaras e Marielles”, disse.
