Os caminhoneiros em greve que estavam mobilizados em um posto de combustíveis na BR-262, em Terenos, desocuparam o local. No auge da paralisação, havia cerca de 250 veículos estacionados. No início da tarde desta quarta-feira (30), poucos caminhoneiros permaneciam no posto para participar de um almoço coletivo oferecido pela população da cidade.
Após o almoço, esses últimos motoristas devem seguir viagem para suas cidades de origem.
A retirada começou na noite de terça-feira (29), quando a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Exército foram acionados para escoltar os motoristas que queriam deixar o movimento e temiam agressões.
A desmobilização no local continuou na manhã desta quarta-feira (30) com a presença da PRF e Exército.
Após o Sindicato dos Caminhoneiros anunciar o fim da greve em Mato Grosso do Sul, os caminhoneiros se dividem quanto à desmobilização dos pontos de bloqueio e protestos no estado. No início da manhã desta quarta-feira (30), dois grandes pontos de bloqueio da BR-163 começaram a ser desocupados com o acompanhamento do Exército e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Mas muitos caminhoneiros autônomos dizem que vão manter os pontos de protesto nas rodovias do Estado.
O primeiro ponto a ser desmobilizado foi o Posto Caravagio, que só não foi desocupado em sua totalidade porque muitos motoristas relataram à reportagem do Jornal Midiamax que temem ser alvos de violência durante o trajeto até seus destinos de origem.
Eles disseram que pretendem aguardar a desmobilização total do movimento para seguir viagem em tranquilidade.
No posto Kátia Locatelli, Exército e a PRF estão orientando os caminhoneiros a desocupar o local. Durante o pico da greve, o posto chegou a somar cerca de 700 caminhões e carretas. Na manhã desta quarta-feira (30), após o anúncio do fim da greve, havia apenas 120 veículos no local e o número está caindo com a saída de mais motoristas durante todo o dia.
Os motoristas temem ser multados por causa da validade das notas fiscais que perderam a validade durante os 10 dias de greve. Como estão parados há 10 dias, a nota fiscal das cargas de muitos venceu e eles querem garantias de que não serão multados se forem parados em pontos de verificação da polícia.
Mas muitos caminhoneiros autônomos não reconhecem as lideranças sindicais e prometem manter pontos de protestos nas rodovias do Estado. Sem uma liderança definida, esse motoristas se organizam em grupos de WhatsApp.
No posto Kátia Locatelli, muitos caminhoneiros relataram à reportagem que não concordam com as decisões tomadas pelo sindicato e que não irão se desmobilizar.