Cadeiras de rodas ‘estacionam’ no lugar de carros em conscientização sobre vagas especiais
Nesta terça-feira (22), pelo segundo ano consecutivo, as vagas de estacionamento para carros da rua 14 de Julho, no Centro de Campo Grande, foram ocupadas por cadeiras de rodas, na campanha “Esta vaga não é sua nem por um minuto”, integrante das ações do Maio Amarelo – mês de conscientização para redução de acidentes e […]
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Nesta terça-feira (22), pelo segundo ano consecutivo, as vagas de estacionamento para carros da rua 14 de Julho, no Centro de Campo Grande, foram ocupadas por cadeiras de rodas, na campanha “Esta vaga não é sua nem por um minuto”, integrante das ações do Maio Amarelo – mês de conscientização para redução de acidentes e de trânsito mais seguro.
O nome da campanha faz alusão à ‘desculpa’ habitual dos condutores ao estacionarem nas vagas destinadas às pessoas com deficiência e aos idosos: parei só por um minutinho.
Em 2017, segundo o diretor-presidente da Agetran (Agencia Municipal de Transporte e Trânsito), Janine de Lima Bruno, foram 246 autuações por estacionamento irregular em vagas para pessoas com deficiência e 257 por estacionamento nas reservadas aos idosos.
Conforme Janine, as pessoas que se enquadram nas vagas reservadas devem procurar a Agetran para garantir o cartão de estacionamento, que é necessário para ocupar as vagas. Na área central, as vagas especiais são cerca de 20% do total.
O subsecretário de Defesa dos Direitos Humanos, Ademar Vieira Junior, o Coringa, o objetivo da campanha é alertar a população de Campo Grande para os diretos das pessoas que utilizam cadeiras de rodas e das pessoas com deficiência. “Essa desculpa, de “eu volto em um minutinho e já saio”, não cola mais. Nós queremos que a população respeite as vagas nos estacionamentos e também no transporte coletivo. Queremos alertar sobre a campanha, para que a capital seja 100% acessível”, afirmou Coringa.
A aposentada Suzana Vieira Castro, 35 anos, que utiliza cadeiras de rodas, participou da ação e disse que a campanha é importante, porque as vagas não são respeitadas.
É muito visível que não é rapidinho. As pessoas ocupam a vaga por falta de noção e descaso. No mercado já e ‘normal’. Eu nunca consigo pegar a vaga [reservada] e tenho que estacionar em outro lugar.
Suzana Vieira Castro, aposentada
O prefeito Marcos Trad (PSD) participou da ação e disse que é o segundo ano consecutivo que a administração promove a campanha para alertar os motoristas que ocupam as vagas que são destinadas a eles.
“Todo mundo quer a vaga, mas, ninguém quer sentar na cadeira deles [cadeira de rodas]. Uma das coisas que mais ouvimos falar, é que brasileiro só sente quando mexe no bolso”, disse o prefeito ao comentar que a multa para quem estaciona em vagas reservadas é gravíssima, com sete pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e valor de R$ 298,40.
Ainda segundo Trad, as obras do Reviva Centro –ação que vai revitalizar a rua 14 de Julho- terão preocupação com a acessibilidade. “Nada será feito sem acesso de locomoção, autonomia e independência das pessoas com deficiência”.
A ação de conscientização deve ser estendida para as escolas e postos de saúde da Capital, segundo David Marques, coordenador da Coordenadoria de Apoios às Pessoas com Deficiência.
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