Paralisação aconteceu no começo da tarde
O local que é símbolo do combate à violência contra a mulher em Campo Grande também mobilizou-se pela greve internacional das mulheres neste dia 8 de março. As trabalhadoras do local paralisaram por 10 minutos as atividades, Às 13h50. A paralisação ocorreu após uma reunião na Casa junto à subsecretaria de políticas públicas para mulheres da Capital.
Nem todas mulheres puderam aderir, já que o moviumento da Casa – motivado, justamente, pelos números escadalosos da violência doméstica em Campo Grande – é grande e é de urgência. São mulheres que chegam a todos momento, vítimas de violências diversas, necessitando de apoio. No momento exato da paralisação, a delegada da Deam (Delegacia especializada de atendimento a mulher) atendia um caso de violência.
Coordenadora da CMB, Tai Loschi e a promotora Luciana do Amaral Rabelo, contaram que as trabalhadoras explicaram a paralisação, e pediram “paciência” à pessoas que estavam no local para serem atendidas. Levaram som e microfone e falaram palavras de ordem.
A juíza Jaqueline Machado explicou que é cada vez maior o número de mulheres que procuram atendimento na Casa, denunciando a violência doméstica.
“Estmoa observando que ultimamente as mulheres mais idosas estão buscando a casa para fazer as denúncias. Esse aumento das mulheres procurando se deve tanto à divulgação quanto às mulheres que vem e percebem que aqui tem mais facilidade. Elas todas estão disseminando isso, porque é um acolhimento bom e funciona”, pontuou.
Só no mês de fevereiro, a CMB atendeu 892 mulheres vítimas de violência doméstica. Desde a inauguração, em fevereiro de 2015, até hoje, a Casa já recebeu 23 mil e 772 mulheres e já realizou 119 mil e 853 encaminahentos dos serivços integrados no local. Entre 2015 e 2016, o número de atendimentos na CMB já duplicou.
Greve geral
O 8M, como está sendo divulgado, é uma paralisação global de mulheres, que escolheram o Dia Internacional da Mulher, 8 de março, para concentrar uma série de atos. Marchas que reúnem milhares de mulheres estão acontecendo no Brasil e no mundo inteiro. Diferenças salariais, machismo e violências diversas são apenas algumas das pautas levadas pelas mulheres. O lema principal refere-se ao trabalho: “se não somos importantes, que trabalhem sem a gente”.
Em Campo Grande, dois atos aconteceram na manhã de hoje, um na Praça Ary Coelho e outro em frente ao prédio da Previdência Geral. Às 17h, também na Ary Coelho, está marcado mais um evento.