Hospital admite atender acima da capacidade
Falta de leitos é um dos principais obstáculos para quem depende da rede pública de saúde em Campo Grande. De acordo com o CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde) na Capital existem 1.380 leitos de internação disponíveis pelo SUS (Sistema Único de Saúde). O problema afeta os atendimentos nos hospitais. Até o fim da manhã desta terça-feira (21) ao menos 37 pacientes aguardavam por uma maca no HU (Hospital Universitário) – Maria Aparecida Pedriossian, onde a espera por vagas chega a 10 horas.
“Minha mãe tem HIV positivo e estava há três dias na UPA [Unidade de Pronto Atendimento] Moreninhas, foi transferida para o HU, mas não tinha leito e ficou muito tempo aguardando por vaga. Outros pacientes estavam esperando há 10 horas já e sem nenhuma previsão para que a situação fosse resolvida. Isso é muito crítico porque as pessoas ficam passando mal, sentadas em uma cadeira. É Complicado”, afirma a filha de uma paciente, que prefere não se identificar.
Um vídeo gravado na noite dessa segunda-feira (20), mostra a situação do local. Nas imagens uma paciente aparece discutindo com uma enfermeira por conta do problema. AS imagens também mostram pacientes esperando por leitos.
Questionada a respeito do fato, a Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), responsável pela assessoria de comunicação do HU, confirma que o hospital está com pacientes acima da capacidade de atendimento. De acordo com as informações, o problema se tornou crítico no início de 2017.
Conforme as informações, na manhã de hoje, a superintendência do HU encaminhou um ofício à Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) solicitando uma reunião para que sejam discutidas melhorias de atendimento, assim como, aumento em relação à quantidade de leitos.
A assessoria de comunicação da Sesau, diz que até o fim desta manhã não recebeu o ofício, porém, confirma estar ciente a respeito da situação no HU e explica que o problema deve ser solucionado com a renovação do convênio entre a Prefeitura, governo do Estado e o hospital.
O contrato, que deve ser assinado na próxima semana, prevê aumento de R$ 1 milhão de repasse além da ampliação do número de leitos.
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