Regulação será responsabilidade do Município 

Em acordo firmado na tarde desta quinta-feira (06) o contrato de prestação de serviços entre a Santa Casa e a Prefeitura de não terá aditivos e irá permanecer nos mesmos termos do contrato antigo, no valor de R$ 20 milhões. Assim a diretoria da Santa Casa exigiu, e o Município concordou, que a regulação seja efetiva. O Pronto Socorro passará a atender somente pacientes de urgência e emergência de alta e média complexidade.

A partir de agora, a Santa Casa de Campo Grande não irá mais receber pacientes de baixa complexidade sem encaminhamento da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). Com isso o Município assume a responsabilidade de realizar o encaminhamento dos pacientes que chegarem ao Pronto Socorro.

Conforme o secretário Municipal de saúde, Marcelo Vilela, uma equipe da Sesau vai ficar responsável por pela classificação de risco dos usuários. Pacientes de alta e média complexidade ficam na Santa Casa, já casos de baixa complexidade serão encaminhados para as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento).

“Uma equipe de classificação de risco vai encaminhar e o paciente vai sair do Pronto Socorro regulado para a UPA”, explica o secretário.

Durante a reunião que aconteceu no Paço Municipal, Gestores da Santa Casa apontaram que uma das dificuldades enfrentadas pela direção do hospital é inerente a falta de um Pronto Socorro público e ao atendimento de pessoas que, sem conseguir atendimento nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), recorrem diretamente ao Hospital.

De acordo com o presidente da Unidade, Esacheu Nascimento, receber pacientes sem encaminhamento resulta em desencontros nas contas, e segundo ele, a Prefeitura arca somente com os custos dos pacientes encaminhados das unidades públicas, aumentando o déficit da unidade.

“Precisamos que o Município assuma seu compromisso pelo Pronto Socorro. A Santa Casa é um hospital particular e Campo Grande é a única Capital do Brasil que não possui um Pronto Socorro público. Nós fazemos esse serviço e temos um custo”, afirma o presidente.

O novo modelo de gestão da regulação será analisado durante três meses por uma comissão. No fim deste período possíveis adequações podem ser feitas.  

Segundo a direção da Santa Casa, o hospital recebe em média R$ 23 milhões, deste valor R$ 20,2 milhões são de repasses feitos pelo Ministério da Saúde, governo do Estado e Prefeitura. O restante é adquirido por meio de convênios e atendimentos particulares.