Secretário publicou posts dizendo que queria proibir produto
Mato Grosso do Sul concentra 10% dos usuários de narguile do país, segundo uma pesquisa apresentada pelo ex-ministro da Saúde, Arthur Chioro, em 2015. Mas sua popularidade em outros Estados não é tão grande. No Paraná, por exemplo, onde se concentra a segunda maior porcentagem de usuários (6%), uma polêmica pode proibir o consumo do produto.
Em Curitiba, o secretário de Defesa Social e também delegado da Polícia Federal, Algacir Mikalowki, publicou em suas redes sociais críticas ao uso do narguíle e declarou que ira trabalhar para proibí-lo.
Em conversa com o Metro Jornal o secretário se justificou. ” Estamos abrindo um debate público e iniciando estudos em conjunto com outras secretarias, como meio ambiente, saúde e urbanismo. O narguilé causa danos ao usuário, que depois maioritariamente vão ser tratados pela rede pública. Se não houver um controle vira uma epidemia”
A ideia de proibir o narguilé foi reprovada pelo presidente da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) paranaense, Jilcy Rink. “Pelo lado da saúde, o que não faz mal?”, disse Rink.
“Nosso setor tem enfrentado uma série de barbáries de pensamento, que não avaliam as coisas como são de fato. É preciso respeitar os costumes”, avaliou o presidente da Associação.
Ele se refere a outra declaração feita pelo prefeito de Curitiba, Rafael Greca, que sugeriu fechar bares e restaurantes em um horário específico.
“Assim como a proposta de fechar as baladas mais cedo, essa questão precisa de amadurecimento dos empresários e da sociedade”, amenizou o secretário Mikalowski.
(sob supervisão de Ludyney Moura)
