Prefeitura vai conceder 365 novos alvarás de táxi e mototáxi na Capital
Número de carros aumenta para 707
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Número de carros aumenta para 707
Campo Grande terá mais 217 novos alvarás para o serviço de táxi. Isso porque o Prefeito irá ampliar o número de concessões, que hoje é de 490, para 707. A regulamentação deve ser publicada por meio de Decreto em edição extra do Diário Oficial desta terça-feira (11), e também amplia para 638 os alvarás de mototáxis.
A ampliação já havia sido revelada pelo vereador Valdir Gomes (PP) na sessão do último dia 4. O parlamentar teria ‘ouvido’ do Prefeito que o atraso na liberação das permissões aconteceu por conta do número de inscritos ser maior que a quantidade de alvarás a serem liberadas.
A assessoria da administração municipal alega que “o Decreto vem corrigir um lapso temporal de mais de 40 anos para os taxistas e 20 anos para os motataxistas, já que no período não foram liberados alvarás conforme a exigência da Lei Municipal 1.655, do ano de 1977, que delibera sobre a proporção de 2% (dois por cento) ao ano sobre o número de táxi existente em Campo Grande. A mesma regra é aplicada para a concessão dos novos alvarás para mototáxis”.
CPI
Toda a questão é envolta em polêmica na Capital, intensificada após a chegada da empresa Uber em setembro de 2016. A existência de uma suposta ‘máfia’ de empresários do ramo, que exploram os chamados curiangos – motoristas auxiliares -, motivou a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara Municipal.
Para o Jornal Midiamax, os motoristas auxiliares já chegaram a afirmar que dos alvarás existentes “mais de 90%”, são conduzidos pelos curiangos, que pagam diárias aos donos dos alvarás. Uma diária chega a custar R$ 230 e o quilômetro rodado varia de R$ 0,80 a R$ 1,00.
No final das contas, a média do ganho mensal do auxiliar gira em torno de R$ 1,7 mil. Já o dono do táxi, a cifra que pode alcançar R$ 6 mil mensais pelas contas dos auxiliares. Aqui em Campo Grande, uma só pessoa é dona de 40 alvarás, segundo auxiliares ouvidos pela reportagem. Ou seja, se confirmado o cálculo do curiango, esta pessoa recebe no final do mês R$ 240 mil sem fazer esforço.
A CPI mal começou, mas já está ameaçada de acabar. Isso porque a Comissão de Ética da Câmara foi acionada para julgar a conduta ‘parcial’ dos membros da comissão aos serviços de aplicativos de transporte. A questão foi provocada pelo vereador Delegado Wellington (PSDB).
A ‘acusação’ do parlamentar se refere, de modo mais específico, à participação do presidente da CPI Vinicius Siqueira (DEM) e Junior Longo (PSDB) em uma suposta festa da Uber.
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