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Cotidiano

Pneus se transformam em parquinhos feitos por presos da Máxima

Grande demanda descartada 
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Grande demanda descartada 

Pelas mãos dos detentos do presídio de Segurança Máxima, materiais que vieram do lixo se transformaram em balanços, escorregadores e jogos educativos. A ideia de reaproveitar pneus em espaços de recreação para os alunos foi desenvolvida pelo professor da Rede Municipal Felipe Augusto da Costa Souza e pelo agente penitenciário Vinícius Saraiva de Oliveira, que decidiram elaborar o projeto “Arte com pneus” após observar a grande demanda descartada de forma irregular desse tipo de material.Pneus se transformam em parquinhos feitos por presos da Máxima

O primeiro parquinho produzido com materiais recicláveis, por meio da parceria com a Agepen (Agência Estadual de Assistência Penitenciária), foi entregue nesta quinta-feira (24), pela vice-prefeita Adriane Lopes e pela secretária municipal de Educação Ilza Matheus, no Ceinf  Professor Ayd Camargo Cezar, no Parque Lageado.

A vice-prefeita Adriane Lopes agradeceu a parceria da Agepen e levantou a possibilidade de novos acordos. “Quero agradecer ao secretário de segurança do Estado por essa parceria, que ela se multiplique. Esse trabalho ajuda o sistema penitenciário a reinserir os pais de famílias que ali estão, os jovens, a aprender algo novo, trabalhar a área social e dar um mundo lúdico às crianças”, declarou .

Já a secretária de Educação Ilza Matheus salientou a importância de retirar materiais do lixo e dar utilidade a eles. “Estamos tirando dos terrenos baldios esses pneus que só servem para acumular lixo e produzir doenças. Com essas idéias maravilhosas temos aqui esse parquinho lindo. Espero que essa parceria continue  e possamos levar mais parquinhos aos Ceinfs de ”, afirmou.

Um dos idealizadores do projeto, Felipe Augusto da Costa Souza, explicou que os pneus não-passíveis de recuperação agregam um valor negativo ao meio ambiente, transformando-se em fontes de poluição, causando danos à natureza. “Buscamos dar um novo significado a uma área, tornando-a mais atrativa com a construção de brinquedos, floreiras e canteiros, construídos através da utilização de material reciclado com o reaproveitamento de borracha de pneus”, disse.

Mas não é apenas o meio ambiente que está sendo beneficiado com o projeto. Como os pneus são um dos principais acumuladores de água, o uso do material nos parquinhos também contribui com o combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya, já que evita que o material seja descartado de foram irregular e se transforme em focos do mosquito.

WhatsApp Image 2017-08-24 at 15.34.05 (2)Para isso, houve o cuidado em furar o fundo das peças utilizadas para evitar o acúmulo de água. Todo o material utilizado foi selecionado e lixado antes da produção das peças.

“Tivemos muito apoio dos profissionais que atuam na área pedagógica, pois eles tem a oportunidade de conversar com as crianças sobre proteção ambiental e o espaço acaba não tendo uma função apenas recreativa, mas também de orientação”, afirmou Felipe. Ele completa dizendo que é possível ampliar a utilização das peças, já que nelas é possível cultivar hortaliças e flores.

Os brinquedos ainda têm uma função pedagógica, já que foram elaborados a partir de pesquisas e formulados para atender a faixa etária das crianças atendidas nos Ceinfs, que é de até cinco anos.

Parceria

Nesse primeiro momento a entrega vai contemplar também o Ceinf Paulino Romeiro Paré, no bairro Novo Minas Gerais. A inauguração do parquinho desta unidade será nesta sexta-feira (25). As duas unidades atendem, ao todo, 300 crianças, mas a ideia é que o projeto chegue a mais 25 unidades.

A proposta do projeto “Arte com pneus” une consciência ambiental e prevenção à saúde, mas também tem um foco social de grande importância, já que visa ajudar na reinserção social dos detentos que contribuíram na confecção dos brinquedos.

“É uma imensa alegria estarmos aqui entregando este trabalho. Eu sou do tipo de gente que acredita no homem. Eu não perco a fé. Eu acho que as pessoas precisam de oportunidade. Quem eventualmente praticou algo errado e foi para o sistema prisional, precisa ter uma oportunidade de trabalhar, de executar alguma coisa. E eu tenho a absoluta convicção que as mãos que eventualmente praticou algo errado, deixa algo extremamente bom para a comunidade”, finalizou o secretário de Segurança Pública do Estado, José Carlos Barbosa.

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