Pacientes denunciam colchões vencidos e ‘rodízio’ por falta de macas em UPA
Faltam médicos, lençóis e até macas
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Faltam médicos, lençóis e até macas
A UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Universitário – uma das regiões mais populosas da cidade -, ainda não completou seis anos de funcionamento, mas já sofre com problemas estruturais básicos: Os colchões estão vencidos, lençóis são raridade e pacientes precisam se revezar para utilizar as macas.
Uma paciente que buscava atendimento na unidade, registrou a situação caótica da sala de observação, onde pacientes são colocados para tomar medicamentos. “Tem que esperar horas para liberar as poucas macas que tem, e ainda por cima que estão em estado precário”, relatou.
Esta que foi a terceira UPA aberta em Campo Grande, no ano de 2011, recebeu investimento de R$ 7 milhões, não tem conseguido cumprir com suas obrigações. Nem mesmo a escala de plantão tem sido eficiente; no último domingo, médicos teriam faltada ao trabalho, e os pacientes foram dispensados por causa do efetivo desfalcado.
A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) se posicionou sobre os acontecimentos, por meio de sua assessoria de imprensa, e informou que tem ciência do problema e afirmou que “já determinou a retirada e reforma destes mobiliários que estão nessa situação há mais de anos”. “No último mês a Secretaria começou a substituir esses mobiliários e entregou dezenas de equipamentos e mobiliário médico-hospitalar novos a algumas unidades”.
Falta de lençóis
A rede pública de saúde em Campo Grande enfrenta dificuldades, inclusive a falta de contrato com uma lavanderia para higienizar lençóis e roupas usadas por profissionais da saúde. Desde o ano passado a Santa Casa e o hospital Universitário estão ajudando com a limpeza. Servidores alertaram que há mais de 100 sacos de roupa suja nas unidades de saúde.
O contrato com a lavanderia foi rompido em fevereiro do ano passado e para não ficar sem a lavagem dos materiais, o município recorreu aos dois hospitais que possuem contratos com a prefeitura. Em alguns casos, o doente leva da própria casa o forro para cobrir a maca.
A saúde pública operada em Campo Grande é recorrente alvo de queixas, tantos dos pacientes, cansados do atendimento ruim, quanto dos profissionais, que reclamam da estrutura precária. Uma das apostas é compactar as UPAS, extinguir as CRS – que custam em torno de R$ 1,5 milhão mensalmente -, e ampliar os serviços básicos, que atualmente registram poucas vagas e tempos longos de espera. Mas, no entanto, o chefe do executivo não estabeleceu prazos para a planejada reestruturação
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