Os motoristas chamam atenção para condições da categoria

Mais de 150 caminhoneiros protestam, nesta tarde, na BR-163. Eles se concentram por cerca de 5 km, próximo à rotatória que segue para Dourados, distante 225 da Capital. Além da BR-163, os caminhoneiros também protestam na BR-262, na saída para Três Lagoas, distante 338 de Campo Grande. Os protestos unem-se à reivindicação nacional, que pretende chamar a atenção para aprovação de um projeto de lei na Câmara Federal. O projeto, de acordo com os condutores, regulamentaria as tarifas de frete. Os motoristas defendem que os preços estão muito altos.

Um dos trabalhadores, que prefere ser identificado como Dirlei, participou nesta tarde do bloqueio na BR-163. De acordo com ele, nenhum veículo trafegava no sentido de Dourados – com exceção de carros pequenos e veículos que carregam a chamada ‘carga viva’ -. Agora, de acordo com a PRF, nenhum trecho está interditado e o fluxo de veículos está normal. O movimento no local está tranquilo e nenhum incidente foi registrado até o momento.

 

Confira o vídeo da BR-163:

 

 

 

 

 

Já na BR-262, conforme a PRF (Polícia Rodoviária Federal), a concentração é menor e os veículos estão em um posto de gasolina, portanto o tráfego segue normal na rodovia. Nas rodovias, a PRF explica que os caminhoneiros dialogam com os condutores, explicando a reivindicação. Muitos caminhoneiros que passam pela via aderem ao movimento, de acordo com a PRF.

Dirlei afirma que os motoristas devem bloquear as BRs até as 18h.

 

 

 

Entenda a reivindicação

Em reunião ampliada nesta segunda-feira (16), empresários do setor de transporte de cargas do estado decidiram por unanimidade aderir à paralisação dos caminhoneiros com início em Rondonópolis. O Movimento das Transportadoras de Mato Grosso do Sul, afirma que a pauta principal entre as reivindicações do setor é o reajuste do preço dos fretes que se encontram defasados há cinco anos. Atualmente, aguarda para ser votado no Congresso, o projeto de Lei 528/2015 que cria a Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas.

Somente em Mato Grosso do Sul, nos últimos três anos, 200 empresas do TRC fecharam as portas, afirmam. Além da crise econômica, o aumento de impostos e a alta tarifa cobrado nos pedágios da BR 163 por apenas 100 km duplicados no estado, dificultam as ‘alternativas’ para o setor que espera e precisa de mudanças.

Além do projeto de lei, pedem a redução do do preço dos combustíveis e pedágio, a redução da carga dos tributos e o que chama de ‘controle da indústria de multa’.