Prefeitura interrompeu construção de UBSF depois de manifestações

Cerca de 20 moradores do Bairro Arnaldo Estevão de Figueiredo I se reuniram por volta das 6 horas desta quinta-feira (8), para um café da manhã na praça localizada entre as ruas dos Administradores e dos Lavradores. Segundo relatos, eles querem garantir a preservação da área de lazer.

O protesto é contra a construção de uma UBSF (Unidade Básica de Saúde da Família). O projeto, que recebeu R$ 947 mil, sendo R$ 400 mil do Ministério da Saúde e R$ 547 mil de contrapartida da Prefeitura,  estava parado há três anos e foi retomado há cerca de um mês.

A obra provocou revolta em um grupo de moradores que defende a manutenção do local. Desde o retorno da construção, manifestações foram realizadas e um grupo denominado “Guardiões da Praça” foi criado a fim de impedir os trabalhos no local.

O grupo chegou a se reunir com representantes da Prefeitura para discutir o assunto e na tarde dessa quarta-feira (7), a construção foi interrompida. 

“Eles pararam ontem por volta das 15h30, mas mesmo assim nos reunimos aqui para garantir que os funcionários não retomem o projeto”, explica o militar aposentado, Jorge Medeiros Costa, bombeiros, de 54 anos. 

O morador diz que há 30 anos a população local toma conta do local. “Preservamos essa praça que é totalmente arborizada. Nós plantamos todas essas árvores. Nossos filhos brincaram aqui, nossos netos ainda brincam e não queremos perder essa área de lazer”, justifica.

De acordo com os moradores, a ideia é de que um outro local, cerca de 300 metros da praça, seja destinado para a construção da UBSF. “Tem uma área pronta para receber a unidade de saúde. Aqui nem tem acesso e não é o lugar adequado para essa construção”, afirma.

Os moradores se reuniram por volta das 6 horas de hoje e pretendem ficar no local até as 8h30, porém, eles garantem que o local será monitorado para que as obras não sejam retomadas. 

Prefeitura – 

A assessoria de comunicação esclarece que o prefeito Marquinhos Trad se reuniu, na última segunda-feira (5) com uma comissão de moradores e se comprometeu a ir a Brasília na tentativa de, junto ao Ministério da Saúde, alterar o local da obra, considerando que todo o processo de construção já foi iniciado e o Município não pode fazer qualquer mudança por meios próprios, sob pena de perda de recursos destinados à obra. 

Em nota, a assessoria ressalta que o processo de construção da unidade é de 2010 e, por mobilização dos próprios moradores, houve duas alterações de local e ficou definido por meio de votação que a construção seria na área de lazer.

(Matéria editada às 8h46 para acréscimo de informações).