Licitação de táxi e mototáxi tem 73 vagas para mulheres
Marquinhos Trad disse que não haverá direcionamento
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Marquinhos Trad disse que não haverá direcionamento
Interessados em alvarás de táxi e mototáxi em Campo Grande podem se credenciar a partir desta segunda-feira (21). São 365 vagas, sendo 73 exclusivamente para mulheres e 22 para pessoas com deficiência.
Para táxi convencional, são 217 vagas, com 43 para mulheres, 22 para pessoas com algum tipo de deficiência e 152 de livre concorrência.
Já para mototáxi, são 148 alvarás em disputa – 30 para mulheres e 118 de livre concorrência.
Os critérios foram explicados em uma cerimônia no gabinete do prefeito Marquinhos Trad, com a presença maciça dos vereadores e com o presidente da Agereg (Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos), Vinícius Leite Campos.
A quantidade de vagas cumpre uma legislação municipal da década de 70, que previa a ampliação de alvarás de táxi em 2% ao ano. A informação é do vereador Junior Longo (PSDB), que faz parte da CPI do Táxi.
No entanto, as últimas administrações não vinham cumprindo a regra e, há cerca de 20 anos, não havia aumento no número de permissões. Hoje, Campo Grande possui 290 alvarás de táxi.
Entre os critérios para participar da seleção estão o tempo de experiência como motorista profissional e o ano de fabricação e as características do veículo, como ar-condicionado e airbag.
Monopólio
Durante a cerimônia, Marquinhos Trad afirmou que a concorrência será realizada com lisura e transparência e que “acabou essa história de afiliado”. “Se isso fosse feito antes, não teria ninguém com 51 alvarás”, disse. “Não vai acontecer monopólio. Cada pessoas terá um alvará”.
O edital com as regras foi publicado no Portal da Transparência da prefeitura.
Entre os vereadores presentes na cerimônia estavam integrantes da CPI do Táxi, que investiga a concentração de alvarás. O presidente da comissão, Vinícius Siqueira (DEM), foi um dos vereadores a elogiar a atitude da prefeitura.
Em relação aqueles que já possuem vários alvarás, Marquinhos Trad afirmou que a prefeitura não tem o que fazer e aguarda o desdobramento da CPI. “A administração não pode retirar o que ela mesmo concedeu”, disse.
Uber
Marquinhos Trad também voltou a falar do aplicativo Uber. “Aqui não tem contra Uber e nem a favor. Não tem contra taxista e nem a favor”.
Aos jornalistas, o prefeito afirmou que os motoristas do aplicativo se negaram a fazer o curso exigido pela prefeitura alegando falta de tempo e que o adesivo que seria fixado nos carros diria: “estou legal, sou Uber”.
Para ele, agora resta esperar o que a Justiça irá decidir sobre o assunto.
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