Agricultor afirma que depositar a grama no aterro sanitário é uma aberração.
“É uma aberração”, diz o agricultor Antonio Weber que produz alimentos orgânicos numa chácara em Dourados numa alusão aos resíduos da grama aparada nos canteiros das ruas da cidade e que vão parar no aterro sanitário.
Diariamente podem se vistos nas ruas centenas e centenas de sacos pretos de plásticos espalhados nos canteiros para o recolhimento dos resíduos da grama que é aparada por uma empresa contratada pela Prefeitura.
Acontece que, segundo Antonio Weber, a empresa ensaca a grama cortada que vai parar no aterro sanitário enquanto que este material pode ser reaproveitado na cobertura do solo para a retenção da umidade e também ser utilizado na compostagem para a fabricação de adubo orgânico.
O engenheiro Agrônomo José Joaquim tem a mesma opinião de Antonio Weber e diz ainda que “a grama é o melhor resíduo para a compostagem e este desperdício é um verdadeiro crime ao meio ambiente”.
Joaquim sugere que os restos da poda da grama ao invés de ir para o aterro sanitária deveria ser levado para o Viveiro de Mudas da Prefeitura onde seria muito útil.
“Não podemos encher nosso aterro sanitário com este importante material orgânico”, disse o agrônomo que espera uma intervenção do Instituto de Meio Ambiente de Dourados (IMAM) neste problema.
Antonio Weber relata que pesquisadores da Universidade Federal de São Caros (UFSCar) em Araras (SP) estão utilizando um método revolucionário para utilizar a grama cortada para fazer adubo. Weber afirma que ao ser misturada com esterco ou restos de alimentos, a grama vira um novo composto que fortalece raízes, flores e frutos, trazendo um aumento de até 50% na produtividade.
Joaquim lamenta o custo financeiro que a empresa vem tendo com o uso de sacos de plásticos que vão parar no aterro sanitário simplesmente para acondicionar os restos de grama quando poderiam ser colocadas diretamente numa caçamba e levados para o reaproveitamento no Viveiro de Mudas ou entregues para algum agricultor interessado.