Contrato foi renovado em dezembro

Funcionários da que prestam serviços de limpeza nas unidades de saúde de denunciam falta de materiais de trabalho e de vale-transporte. Conforme edição extra publicada no Diário Oficial do Município, o contrato entre a Prefeitura e a empresa foi renovado no dia 31 de dezembro e vence em 31 março de 2017.

Apesar da recente renovação do contrato global de R$ 3.461.475,84, funcionários da empresa afirmam que não há materiais de limpeza para atender a demanda nas unidades de saúde. Conforme relatos, faltam produtos básicos como luvas e sabão.

Na manhã desta quarta-feira (4), a equipe de reportagem do Jornal Midiamax esteve no Caps AD III (Centro de Apoio Psicossocial Álcool e Droga), localizado na Rua Teotônio Silveira Ayres, no Jardim são Bento. As prateleiras onde deveriam estar os produtos de limpeza estavam vazias, ocupadas apenas por pertences pessoais das quatro funcionárias que atendem a unidade.

“Faz tempo que está assim. A luva usamos dois, três dias e já rasga. Ontem vieram e trouxeram papel higiênico e papel toalha porque também não tinha. Ainda ficamos sem sacos e sabão. A maioria de nós não tem vale-transporte, mas tem medo de denunciar. As unidades 24 horas devem estar em situação ainda pior que a nossa. Não sei como estão se virando por lá.  Desde o começo a empresa manda os materiais picados, aos poucos”, relata. 

O vice-presidente do Steac-MS (Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Asseio e Conservação), Ton Jean Ramalho Ferreira, afirma que até esta manhã não havia nenhuma reclamação sobre o pagamento do vale-transporte ou condições de trabalho.

“Até agora não recebemos nenhuma denúncia no sindicato, mas vamos verificar”, garante. Ao todo 320 trabalhadores contratados pela empresa prestam serviços nas unidades de saúde da Capital. 

A assessoria de comunicação da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) afirma que o pagamento da empresa está em dia e que a responsabilidade do repasse do vale-transporte da reposição dos materiais é de competência da Mega Serv.

O responsável pela administração da empresa, Milton Felice, diz que não há atraso em relação ao vale-transporte. Ele defende ainda que no período de fim de ano houve aumento no consumo de materiais, no entanto, não há confirmação de que tenha faltado produtos de limpeza nas unidades.

Felice ressalta que a necessidade de materiais deve ser informada antes do fim de cada produto para que a reposição seja providenciada e que desde a última segunda-feira (2) as reposições têm sido intensificadas.