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Cotidiano

Deputadas relatam dificuldades em ambiente dominado por homens

De 24 cadeiras, apenas 3 são de mulheres na Assembleia
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De 24 cadeiras, apenas 3 são de mulheres na Assembleia

Igualdade e direitos iguais em todos os lugares, além de um mesmo tratamento perante os homens. Essa é a expectativa de todas as mulheres ou pelo menos de boa parte dela. Só que na prática não é bem assim e em lugares que poderiam ser um exemplo de igualdade não acontece. Na Assembleia Legislativa do Estado, por exemplo, do total de 24 cadeiras, apenas três são ocupadas por mulheres.

Duas delas falaram com a reportagem do Jornal Midiamax e destacaram a falta de representatividade feminina e de como gostariam que os colegas tivessem mais respeito com as questões que as envolvem e ao sexo feminino de modo geral.

A deputada Mara Caseiro, do PSDB, enfatizou que para ela, deveria ser obrigado um número mínimo de cadeiras serem ocupadas por mulheres e não somente o partido ter que preencher uma cota de candidatas como ocorre hoje.

“Não é fácil ser mulher em um mundo que predomina o sexo masculino, mas a mulher é bem mais persistente e tem um olhar diferenciado para tudo. Deveríamos ter um número específico para as mulheres nas Casas de Leis ou em qualquer outro local que represente a população e não só a sigla ser obrigada a preencher a cota de mulheres”.

Ainda segundo ela, em votações de projetos que são relacionados a algo que beneficie as mulheres se percebe a falta de interesse dos colegas. “Muitas vezes temos e apresentamos propostas, que para nós é de muita importância, mas percebemos que os colegas homens não dão a mesma relevância e às vezes acabam nem sendo aprovados”.

“Tem muito que mudar, mas sem dúvida vamos continuar em busca de nossos direitos e trabalhando pela defesa da mulher e para que outras venham para o meio político”, concluiu Mara.

A colega Antonieta Amorim, do PMDB, vai de encontro com a fala de Mara na questão de que é preciso que mais mulheres se interessem pela vida política. “Por diversos lugares que passamos é possível ver que temos muitas mulheres que poderiam estar aqui nos representando, mas talvez pelo descrédito com a classe acabam não vindo, mas isso deve mudar”.

Antonieta destacou também a falta de respeito dos colegas quando o assunto tem a ver especificamente com elas. “Nessa terça, por exemplo, enquanto a colega Mara fazia um pronunciamento justamente sobre o , somente eu e um deputado ficamos ouvindo e os demais foram embora. Infelizmente é assim e isso nos deixa muito triste”.

“De qualquer forma, se estamos aqui é por que gostamos do nosso trabalho e acreditamos que podemos fazer muito por toda a população e em especial para as mulheres. Vamos continuar a luta e buscando nossos direitos”, disse a parlamentar.

Violência

As duas parlamentares também destacaram que a questão da violência é um assunto que ainda entristece e assusta as mulheres. Para elas, cada vez mais é preciso que toda a sociedade se conscientize sobre como o sexo feminino deve ser tratado.

“Eu vejo que muito se comemorou quando tivemos aqui a Casa da Mulher Brasileira, mas isso não é motivo para ser comemorado. O bom seria se não precisasse deste local em nossa cidade e os índices de violência não fossem tão alarmantes”, destacou Antonieta.

Para Mara, a educação deve vir desde cedo. “Temos que fazer com que os meninos de hoje se tornem homens conscientes de que não se deve violentar a mulher de nenhuma forma. E com os já adultos é necessários que aos que fazem isso, sejam punidos de uma forma mais séria e rápida”.

Ao serem questionadas sobre o preconceito, ambas afirmaram que ainda existe, mas que elas, com suas atitudes vão conseguindo superar todo momento.

Completa o trio de deputadas estaduais de Mato Grosso do Sul, a parlamentar Grazielle Machado, do PR. Ela não estava na sessão dessa terça-feira e a reportagem não conseguiu contato com ela até o fechamento desta matéria.

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