Sindicato diz que Prefeitura não informou mudança no cronograma 

Cerca de 200 trabalhadores da Sociedade Caritativa, que foram demitidos em junho, ainda não tiveram acesso às verbas rescisórias. O problema destes ‘ex-Seleta' é que as rescisões foram agendadas para os dias 21 a 23, no sindicato da categoria, mas o procedimento foi cancelado e ninguém sabe quando será feito.

De acordo com a presidente do o Senalba (Sindicato dos Trabalhadores em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social de Mato Grosso do Sul), Maria Joana Barreto, a Prefeitura não teria feito o repasse dos valores para a Seleta, desta forma não há como fazer as rescisões.

Com isso, os trabalhadores estão sem receber direitos como 13° salário, férias proporcionais, aviso prévio indenizado, multa de 40% do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). Sem fazer a rescisão, também não tem como os ex-funcionários da Seleta entrarem com pedido de seguro-desemprego.

“Estamos recebendo muitas ligações de trabalhadores desesperados e com as contas a vencer. Eles não receberam o salário e estão preocupadíssimos. Choram muito”, conta a presidente do sindicato.

Outro problema, é que alguns dos demitidos passaram na seleção que a Prefeitura fez para substituir os terceirizados e é necessário dar baixa na carteira de trabalho para poder prosseguir com a nova contratação.

O sindicato procurou a Prefeitura e uma reunião foi marcada, mas não houve uma resposta. O encontro deveria reunir o assessor jurídico do sindicato Rubylan Oliveira, o procurador do Município e o secretário de finanças, Pedro Pedrossian Neto, mas só quem esteve, por parte da Prefeitura, foi o chefe de gabinete do prefeito Marcos Trad (SPD) que não pode dar encaminhamento a questão.

O Jornal Midiamax procurou a Prefeitura de para saber sobre esta situação, mas não houve resposta até o fechamento desta matéria.

Os 4,4 mil funcionários da Seleta e que atuavam na Prefeitura vão receber as rescisões salariais de forma parcelada, segundo o prefeito Marcos Trad (PSD). A prefeitura tem até sexta-feira (28) para extinguir integralmente os convênios com as entidades e, consequentemente, demitir todos os terceirizados. A determinação partiu da Justiça, após ação ajuizada pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual) apontar supostas irregularidades.