O ‘problema social' que era de Campo Grande voltou para o local de origem.

Finalmente chegou ao fim o martírio de Elaine Francisca Costa, grávida de gêmeos que foi detida pela polícia depois de ser denunciada pelo sumiço de uma “suposta” criança de um ano e oito meses de idade que estaria em seu poder.

Elaine e seu marido Valgremir Santana Vieira estavam morando desde o dia 24 de maio em um barraco de lona em frente da Feira Livre de na Vila Adelina.

O casal é andarilho e na manhã teve literalmente um “dia de cão” quando assistentes sociais do Centro de Referência para População em Situação de Rua (Centro Pop) foram até o barraco para arrumar uma solução para a chamada “situação de rua”.

Por causa da denúncia de que estariam com uma criança, o casal foi parar na polícia e não pode embarcar para Campo Grande. Já no final da tarde desta quarta-feira depois de ficaram por várias horas algemado, o casal conseguiu dar explicações convincentes para as autoridades policiais.

Na verdade, segundo Elaine, o que houve foi um verdadeiro mal entendido. “Estou grávida de quatro meses de gêmeos e também tenho uma filha que mora com minha mãe no Paraná”, disse a mulher que explicou ao delegado que ganhou dias atrás um carrinho de bebê usado e que nestes dias de frio colocava seu cachorrinho “Beethoven” para dormir.

Como Elaine vivia “prá lá e prá cá” com o cachorrinho do colo embrulhando numa manta a denúncia de que ela teria uma criança foi feita no Conselho Tutelar. Quando a Guarda Municipal, o Conselho Tutelar e a assistente social Odelcina Pedroso do Centro Pop chegou para averiguar o caso não existia nenhuma criança no barraco, apenas o carrinho de bebê e o caso foi parar na polícia para explicações.

Odelcina acompanhou toda a história, passando pela polícia até o embarque em um ônibus do Expresso Queiróz com destino para Campo Grande, onde mora a mãe de Valgremir.

O embarque deveria acontecer hoje às 8h da manhã acabou acontecendo somente duas horas depois quando foram atendidas as exigências documentais do Expresso Queiróz para o embarque dos passageiros.

Como tudo ficou esclarecido na Polícia, o casal foi liberado para seguir viagem para a capital, porém foi aberto um inquérito policial para continuar o processo de investigação. Durante o tempo em que o casal permaneceu algemado na delegacia, Valgremir devido ao estresse causado pelo episódio acabou fazendo fezes nas calças.

Além do cãozinho “Beethoven” o casal convivia com outro animal de estimação, um gato vira latas chamado de “Jerry”. Esclarecido o caso, Elaine, Valgremir, Jerry e Beethoven, o mestiço da raça Beagle seguiram viagem para Campo Grande.

A assistente social afirmou que o casal disse que iria procurar parentes em Campo Grande. Para o Midiamax, Valgremir confessou que sua casa é na rua. “Vamos continuar as nas ruas”, disse ele. O problema social que era de Campo Grande e veio para Dourados, depois de dois meses retorna para a capital.

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