Muitos vão embora sem conseguir fazer o descarte
Após o fechamento do aterro de entulhos de Campo Grande por determinação da Justiça, caçambeiros afirmam enfrentar problemas para descarregar os resíduos no aterro do Bairro Dom Antônio Barbosa, opção provisória apresentada pela Prefeitura para o descarte de material seja feito até que se resolva se regularize a situação do aterro interditado.
De acordo com os profissionais, o horário permitido para o acesso ao aterro no Dom Antônio, das 6h às 10h da manhã e das 16h às 18h, é insuficiente para que todos os caçambeiros façam o descarte do material. O resultado, segundo eles, são filas de caminhões e longa espera. Em alguns casos eles afirmam que alguns caminhoneiros são obrigados a retornar com a caçamba ainda cheia.
“Cheguei aqui às 8h30 e já tinham 12 caminhões na minha frente. Eles pararam de atender às 10 horas e ainda ficaram oito caminhões na minha frente, só passaram quatro. Agora tenho que voltar a tarde e enfrentar outra fila e correr o risco de não conseguir jogar”, desabafa um trabalhador que preferiu não revelar a identidade.
Em uma foto enviada por um denunciante é possível ver uma fila de caminhões aguardando para entrar no aterro durante a manhã desta quarta-feira (8). “Estamos enfrentando um problema sério para descarregar. Todos os dias temos q voltar com as caçambas cheias”, explica o caçambeiro.
Em nota, a CG Solurb esclareceu que “o recebimento de caçambas no aterro sanitário é emergencial e temporário”, por este motivo, informou que “para a que a operação do aterro sanitário não seja prejudicada, houve a necessidade de estabelecer uma janela de horário para o recebimento destes resíduos, de tal maneira que não coincidisse com a descarga dos caminhões provenientes da coleta convencional (aproximadamente 200 viagens diariamente), horário este informado e acordado com a associação dos caçambeiros”.
O horário liberado para a descarga no aterro é das 06:00 às 10:00 de segunda a sábado e das 16:00 às 18:00 de quarta a sábado.
