Se não haver acordo, prometem

Aumento real no salário, aumento do valor do tíquete alimentação, plano de assistência médica, implantação de 20% de gênero, e gratificação por atuarem dentro do bancos, são as principais reivindicações que os vigilantes patrimoniais querem para não paralisarem as atividades. No Estado existem aproximadamente 7.200 vigilantes e em 1.300 .

Nesta sexta-feira (1°), cerca de 80 trabalhadores estão reunidos em frente ao banco Itau, localizado na rua Barão do Rio Branco, entre as ruas 4 de Julho e 13 de Maio, para exigir que o benefícios e o aumento de 17,5% no salário seja pago a partir da base de maio.

O presidente do Seesvig (Sindicato dos Empregados de Empresas de Segurança), Celso Adriano Gomes da Rocha, 35 anos, explica que as reivindicações estão sendo discutidas há mais de seis meses e a contraproposta do patronal não interessa a eles. “As empresas tem um lucro enorme em cima do nosso trabalho. Pedimos o mínimo para que o vigilante possa atuar tranquilo e tenha respaldo para trabalhar. Não vamos aceitar menos que o ganho real”, critica.

A categoria pede aumento de 17,5% no salário-base (R$ 1.070,00), o patronal quer pagar 11,8%.

Os vigilantes querem tíquete de R$ 26,00 ao dia (aumento de R$ 10,00), enquanto que a contraproposta é de R$19,20.

O sindicato quer assistência médica total para vigilantes e dependentes. Empresários querem arcar com 50% dos custos.

Sindicato quer 20% de implantação de gênero, sanando dificuldades de mulheres vigilantes se inserirem no mercado. E quer 20% de gratificação dos vigilantes que atuam dentro dos bancos. Não há propostas para nenhuma das reivindicações.

Trabalhando há 16 anos como vigilante, Sueli Regina Camposano, de 46 anos, diz que não entende o porquê da dificuldade imposta para as mulheres trabalharem. “Quando me forme, consegui me inserir rápido no mercado. Hoje não é assim. Não sei o porquê disso. Fazemos o mesmo treinamento que os homens e somos tão capazes ou mais que eles”, afirma.

Ela diz ainda que muitas colegas estão desempregadas e não conseguem se inserir no mercado.

Edson Fernandes, de 45 anos, critica os baixos salários e diz que é difícil trabalhar com tão poucos benefícios. “Recebemos muito pouco diante do que fazemos”, diz.

De mesma opinião, Antônio Alves, de 40 anos, diz que hoje os salários dele estão abaixo da média do país e não é justo colocarem a vida em risco por tão pouco. “Precisamos de muito mais. Não é só plano de saúde. Estamos na frente. Em qual quer situação de sinistro, nós que etamos lá. Precisamos ser valorizados”, diz.

Os vigilantes ficam no local até às 10h30 onde haverá uma Assembleia Geral e votação da contraproposta do patronal. Ainda hoje, às 14h tem reunião agendada no MTE (Ministério do Trabalho e Emprego). Se na reunião não for acordado nada, na semana que vem há outra agenda marcada no MPE (Ministério Público Estadual). Se caso, ainda não haver acordo, os vigilantes prometem que vão paralisar as atividades e seguir os ritos legais para decretar greve.