Crateras nas ruas do bairro atrapalham tráfego de condutores e pedestres
O velho problema dos buracos que têm se espalhado pelas vias públicas de Campo Grande afetou o tráfego de condutores e pedestres na Avenida II, no Bairro Nova Campo Grande, localizado na região oeste da cidade. Com perfurações por todos os lados, motoristas e motociclistas não conseguem desviar das ‘armadilhas’ e são obrigados a enfrentar as crateras em um tipo de rally, no entanto, forçados pela situação da pista.
Na manhã desta quarta-feira (10), a equipe de reportagem do Jornal Midiamax esteve no local, onde ficou por cerca de 30 minutos, tempo suficiente para constatar o problema e ouvir diversas reclamações. Conforme os moradores as deformidades na pista começaram a se destacar há mais de seis meses.
O comerciante Marcílio Mendonça, de 55 anos, está há dez anos no local e garante nunca ter visto equipe trabalhando para evitar o problema. “Nunca vi o serviço de tapa-buraco da Prefeitura passar na avenida”, assegura.
Enquanto a equipe de reportagem registrava a situação do local, em VÍDEO, moradores passavam revoltados e rapidamente comentavam o problema. “Só hoje perdi duas câmeras de ar por conta desses buracos”, disse um moto-entregador.
O comerciante diz ainda que o problema ocorre nas duas avenidas que permitem acesso ao bairro. “As crateras foram se acumulando e as vias estão esburacadas e sem manutenção. Todos os dias temos de tomar cuidado para não furar um pneu”, ressalta.
Com as chuvas, os buracos acabam ficando invisíveis, o que segundo os moradores, dificulta ainda mais o tráfego no local. “Os buracos ficam empoçados, não conseguimos vê-los e isso provoca vários acidentes. Os motociclistas caem e se machucam por causa disso”, diz um morador.
“Os carros precisam frear bruscamente. Acidentes acontecem a todo momento. Isso é o verdadeiro rally. Hoje está sol. Por que a Prefeitura não vem tapar os buracos?”, questiona um condutor. “Esse prefeito tem de tomar vergonha na cara, tem de recapear”, diz um motociclista que passava pelo local.
O militar Jamir da Silva, de 42 anos, que está construindo uma casa no bairro, reclama da situação. “Passo aqui quase todos os dias para acompanhar a obra. Considero isso muito complicado. O meu IPTU [Imposto Predial e Territorial Urbano] está em dia, mas parece que não usaram o dinheiro para arrumar a rua. O asfalto é de péssima qualidade. Os processos licitatórios saem caros e ninguém cobra a qualidade do serviço”, lamenta.
Conforme dados divulgados pela Prefeitura da Capital, em três meses de operação tapa-buraco, foram tapados 40.226 mil buracos na Capital. No último dia 28, o prefeito Alcides Bernal (PP) disse durante agenda pública, que os problemas dos buracos seriam solucionados em um mês.
