Chuva alagou a maioria dos barracos

A última tempestade do verão de 2016 não perdoou os moradores da . Apesar de a chuva ter sido curta, ela veio com força e alagou os barracos, deixando os moradores com praticamente nada. O pouco que sobrou após as mudanças de terreno, propostas pela Prefeitura, terminou de ser destruído pelas águas.

Deise Campos, de 21 anos, conta que assim que começou a chuva a água entrou na casa dela e ela se pôs a chorar. “Puxei a água com o rodo enquanto meu marido fazia uma valeta ao redor da porta. Levantamos o que era de comida, arroz e feijão que ganhamos do sacolão da prefeitura. O resto ficou tudo destruído”, diz

A chuva alagou a maioria dos barracos. A lona entregue pela Defesa Civil não ajudou a conter a água, já que segundo os moradores, por ser muito fina já se destruiu com a chuva dos últimos dias. Alguns barracos ficaram tão alagados que a água ultrapassa a canela de um adulto.

Deise ainda reclama que durante a mudança para o terreno doado pela Prefeitura, os servidores que auxiliavam na realocação das famílias não tiveram o menor cuidados com os pertences dos oradores. Muitos tiveram os móveis quebrados. “Quando viemos para cá na sexta-feira passada, o pessoal que trouxe quebrou as coisas, sobrou muito pouco”, diz.

O barraco de Adelina do Nascimento Santos, de 37 anos, ficou todo alagado. Ela conta ter feito comida para levar para um amigo e quando voltou tudo estava embaixo d'água. O pior, ela diz, é que está sem emprego, e agora sem casa. “A Defesa Civil deu a lona, mas já está toda estragada. É fina. Agora falaram que vão trazer uma nova lona e colocar terra no terreno. O maior problema é que eu não tenho um real para construir uma casa. Não tenho emprego. Tiraram tudo da gente”, reclama

A reportagem entrou em contato com a Defesa Civil para pontuar as reclamações, mas eles disseram que somente a assessoria de imprensa da Prefeitura está autorizada a responder a imprensa.