Possível greve está marcada para o dia 26

Alunos das escolas municipais e Ceinfs (Centro de Educação Infantil) não terão aula nesta terça-feira (19). A decisão foi tomada pelos profissionais da Reme (Rede Municipal de Ensino), que fazem uma paralisação de alerta por 24 horas hoje. Caso não sejam atendidos, já preveem uma greve a partir do dia 26 de abril.

Foi solicitado pela ACP (Sindicato campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) uma audiência oficial com o prefeito Alcides Bernal (PP) para tratar da negociação salarial. Se não houver acordo entre as partes, a categoria irá decretar greve.

“Não queremos a greve, mas esta parece a única forma de sermos ouvidos”, diz Lucílio Nobre, presidente da ACP.Sem acordo, professores paralisam hoje e ameaçam greve

A assessoria de Bernal informou que o prefeito irá receber os representantes do sindicato mas ainda não foi definido o horário e o local. Os representantes do sindicato, no entanto, que já estão no Paço Municipal esperando serem atendidos dizem que até agora o prefeito não apareceu para confirmar a reunião.

Eles chegaram no local por volta das 10h30, onde se juntaram aos agentes comunitários de saúde, que estão se manifestando no local desde o início da manhã de hoje (19).

O primeiro acordo entre professores e a prefeitura previa aumento imediato de 11,36% e 13,5% em duas parcelas, sendo 6,525% para maio e 6,525% para dezembro. Porém, o mesmo foi rompido quando o prefeito encaminhou para votação na Câmara Municipal o reajuste de 2,79% e aumento referente à inflação acumulada nos três primeiros meses de 2016. Segundo Lucílio, a proposta descumpre a Lei 5.411/14, que prevê o pagamento do Piso Salarial nacional aos professores.

O presidente da ACP pontua que não é a prefeitura que deve determinar os salários dos professores, e sim o sindicato. “O sindicato tem legitimidade para construir a política salarial dos professores. O prefeito não pode vir e dar o aumento que ele bem entender”, finalizou Lucílio.