Prefeitura de Brasilândia é alvo de investigações
Acatando um pedido do MPE (Ministério Público Estadual), a justiça de Brasilândia barrou show do cantor sertanejo Michel Teló que seria realizado no município no dia 24 de abril, em comemoração ao 51° aniversário da cidade. A justificativa para a proibição é a situação financeira enfrentada pelo município que, entre diversos problemas administrativos, sofre investigação por má qualidade no serviço de iluminação pública.
Em ação Civil Pública, o promotor Marcos André Sant’Ana argumentou que o município não poderia fazer o investimento de R$ 145 mil para a realização do show em ano eleitoral, e por causa da grave crise política e econômica nacional.
Entre os apontamentos, o Ministério Público cita diversos procedimentos que tramitam na Procuradoria de Justiça e apuram irregularidades em serviços públicos considerados precários.
Além da falta de investimentos no setor de iluminação pública, é apontada dívida de R$ 1,5 milhão do hospital da cidade, gerido por administração privada, falta de material de trabalhado para o Conselho Tutelar, irregularidades no descarte de resíduos sólidos e até quantidade insuficiente de funcionários em creche da cidade.
O prefeito de Brasilândia, Jorge Diogo, classificou a decisão como “grande injustiça”. DE acordo com ele, o cancelamento gera prejuízos econômicos e sociais, já que o evento é parceria com a associação comercial, sendo responsabilidade do município apenas o pagamento do cachê do sertanejo. “O evento só teve brilho por causa do cantor renomado”, explica.
Jorge conta que desde o veto ao show, diversas pessoas já demonstraram o interesse em fazer a devolução dos ingressos comprados para a exposição do município. Ele afirma também dos aspectos sociais da realização do show com Michel Teló. “Nosso município é pequeno, muita gente não tem condição de viajar pra ver um artista de sucesso”, relata.
O prefeito explica ainda que na sexta-feira (15), todas justificativas e possíveis soluções para os problemas apontados foram apresentadas ao Ministério Público. “Temos uma equipe montando recurso”, finaliza.
