completa 25 dias e continua nesta sexta

Mais um dia de greve dos bancários e mais um dia que os leitores do Jornal Midiamax procuram a redação do jornal, antes mesmo das 7 horas, com a pergunta: “Os bancos vão abrir hoje”. Os jornalistas explicam que não, ainda não houve consenso entre bancários e banqueiros, e os leitores completam: “Mas é que retiraram os cartazes e não dá para saber”. O fato é que a greve continua e completa 25 dias nesta sexta-feira (30) e já é a maior desde 2004, quando a paralisação durou 30 dias. 

A colocada e retirada dos cartazes da greve tem sido diária em algumas agências da Capital. Pela manhã, os grevistas colocam, e de noite, os bancos retiram. Quem sofre é a população que fica confusa. O Sindicato dos Bancários de Campo Grande alega que a retirada dos cartazes é para desmobilizar, pressionar a volta dos bancários ao trabalho e confundir a população. 

Conforme o sindicato, das 160 agências em Campo Grande e região, 151 estão sem atendimento. O número que representa 94,4%. Em todo país, 13.246 agências e 29 centros administrativos estão com as atividades paralisadas. O número representa 56% das agências de todo o Brasil.Põe cartaz, tira cartaz: greve nos bancos continua e irrita clientes

Já foram realizadas dez reuniões entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). No último encontro, os empresários apresentaram proposta para dois anos e reajuste de 7% para 2016. Para o próximo ano, o aumento seria o índice de inflação mais 0,5% de ganho real.

A pauta de reivindicações foi entregue aos banqueiros no último dia 9 de agosto. Os trabalhadores querem reajuste de 14,78%, sendo 5% de aumento real e 9,78% de correção da inflação. 

A categoria reclama que mesmo com uma margem grande de lucro, os bancos precarizam o trabalho dos funcionários e o atendimento dos clientes. Além do reajuste salarial e benefícios, a categoria pede combate às metas abusivas e ao assédio moral, fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho mais segurança nas agências bancárias e auxílio educação. 

No ano passado, a greve fechou mais de 90% das agências do Estado  Foram 21 dias de atividades paralisadas. Na época, os bancários começaram pedindo 16% de reajuste e a Fenaban, dizendo que pagaria 5,5% no máximo. No fim da negociação, ficou fechado reajuste de 10%.

Como enfrentar a greve

Para enfrentar a greve, a principal alternativa é o caixa eletrônico. Os equipamentos que estão nos bancos e em estabelecimentos comerciais disponibilizam os principais serviços como, saques, transferências, depósitos, pagamento de boletos, entre outros.

O ‘Fácil Central de Atendimento ao Cidadão’ tem quatro unidades em Campo Grande: nos terminais  Aero Rancho, General Osório, Guaicurus e no , que fazem pagamento de boletos de até R$ 900,00, além de saques de até R$ 1 mil e depósitos do Banco do Brasil de até R$ 500,00. 

Nos correspondentes Bancários são oferecidos serviços de empréstimos, saques, depósitos e pagamentos. Entre os correspondentes bancários estão 22 unidades dos Correios que realizam pagamentos de contas de consumo de água, luz, telefone, gás, títulos de boletos bancários e tributos. 

As Casas lotéricas também são opções importantes. Nas agências é possível fazer desde pagamentos de boletos, água, luz, telefone, tributos, saques do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, depósitos de benefícios.