Equipamento foi enviado para SP

Um artista plástico de caiu no em que criminosos se passam por clientes do Mercado Livre, empresa de comércio eletrônico, e teve prejuízo de pelo menos R$ 7,2 mil. Jairo Ostemberg conta que negociou um equipamento fotográfico que foi enviado para Osasco (SP). Dias após a venda, sem receber o valor, entrou em contato com o Mercado Livre, que informou que a venda não havia sido feita por meio do site.

“Não deveria ter passado informações minhas. Fica o alerta para nunca entrar em contato com essas pessoas e só fazer o negócio dentro da plataforma”, alerta. 

A venda foi anunciada há duas semanas e a negociação começou há aproximadamente uma semana. Segundo Ostemberg, uma pessoa entrou em contato interessada no produto e, embora, o Mercado Livre não permita que vendedores e compradores negociem por e-mail, o golpista deixou um endereço, burlando o sistema, escrevendo a palavra arroba ao invés do símbolo. 

Como era a primeira venda do artista plástico, ele acabou negociando por e-mail. “Achei muito rápido. Falaram que tinham o interesse de pagar a vista e deixaram e-mail para contato. Dizia que não estava mais achando o link e pediu para mandar de novo. Depois, recebi um e-mail dizendo que a compra havia sido efetua e que o pagamento estava bloqueado até enviar o produto e o endereço”, conta.

A negociação continuou com o envio do equipamento e um e-mail, no qual, o comprador informava que havia feito o pagamento com o acréscimo de R$ 200 de taxa de frete, para tudo fosse enviado com com urgência. Os contatos foram feitos por meio de e-mails falsos em nome do Mercado Livre.

“Percebi que só era pelo e-mail. Pelo aplicativo [do Mercado Livre] que eu tenho no celular não acontecia nada e eu devia receber os alertas. Depois que eu mandei, ainda recebi outro e-mail dizendo que havia sido concretizado e feito a qualificação positiva”, conta. 

Sem ter recebido o valor, Ostemberg desconfiou e entrou em contato com o Mercado Livre, que informou que a negociação não tinha ocorrido e que, possivelmente, era um golpe. A empresa orientou que ele encaminhasse diversas informações por meio de um e-mail para que a situação pudesse ser verificada, mas o sistema não funciona. 

“Não está funcionando o jeito que eles colocaram para resolver o problema. Por telefone não resolve, somente se mandar o e-mail. Vou fazer o boletim de ocorrência aqui e deve ser passado pela polícia para a polícia de Osasco”, diz.