Denúncias serão analisadas

Começou às 8 horas desta quinta-feira (4), o processo de consulta à comunidade universitária para definir os dois candidatos que devem compor a lista tríplice de nomes sugeridos para novo reitor e vice-reitor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) que deve dirigir à universidade entre novembro de 2016 e 2020. Denúncias de improbidade administrativas foram registradas no MPF (Ministério Público Federal) e a candidatura de um dos concorrentes pode ser impugnada.

A chapa Mude (Movimento por uma UFMS Diferente e Eficiente), que tem como candidato a reitor Marco Aurélio Stefanes, acionou o MPF por um suposto ato de improbidade administrativa da atual reitora, Célia Maria e do candidato da chapa adversária, Marcelo Turine.

De acordo com a denúncia, os alunos da UFMS passaram a receber em seus e-mails particulares, matéria de divulgação da chapa ‘Juntos Somos UFMS, o que viola  a disposição expressa da Lei 12.965/2014 (marco civil da internet).Eleições continuam na UFMS, mas MPF pode impugnar candidatura 

Já o candidato da atual reitora, Marcelo Turine acionou a Justiça e a comissão de ética da consulta pública para reitoria, após a distribuição e colagem nas paredes da UFMS, de panfletos com caricatura dele e uma matéria que cita o bloqueio de seus bens. 

Lincon Carlos da Silva de Oliveira, presidente da comissão executiva central, que  coordena o processo de consulta à comunidade diz que a universidade já respondeu aos questionamentos do MPF, que segundo ele, pode impugnar a candidatura. “Por conta das denúncias os candidatos são passíveis de advertência e a candidatura pode ser impugnada”, explica. 

Aproximadamente 30 mesas receptoras foram disponibilizadas para a consulta. Cada local de votação conta com três mesários e ao menos dois fiscais, um de cada chapa. A apuração terá início às 21 horas e a previsão é de que seja concluída até as 23 horas.

Os dois nomes indicados no processo de consulta à comunidade universitária serão encaminhados para o colegiados que deve escolher um terceiro nome para compor a lista tríplice. O documento deve ser encaminhado para o MEC (Ministério da Educação) que, por sua vez, encaminha para a presidência da república, que define o novo gestor. 

Foto - Henrique Kawaminami

O colegiado tem um período de no máximo 60 dias antes do fim da atual gestão para encaminhar os nomes ao MEC. O  presidente da comissão executiva central, explica que o 70% dos votos é definido por docentes enquanto a comunidade acadêmica e servidores ficam com 15% cada. 

O acadêmico de pós-graduação Antônio Brandão da Silva Neto, de 24 anos, destaca a importância das eleições. “É uma forma do acadêmico exercer o direito de decidir o futuro da Universidade”, observa. A técnica Mariana Cavalcante de Brito, de 31 anos, também fez questão de registrar o voto. “A universidade tem crescido e precisa de melhorias e essa é uma oportunidade para que isso aconteça”, frisa. 

Na UFMS a votação teve início às 8 horas e segue até 21 horas. Já no Hospital Universitário o horário é das 6 às 18 horas. Até o momento não é possível informar o número de votos registrados.