Menina precisa ser transferida para a Santa Casa

A falta de vaga nos hospitais públicos de afeta pacientes de todas as idades. Com apenas quatro meses a pequena Maria Jhulia da Silva, que sofre de problemas cardíacos, está desde abril internada no Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian). Frágil e com a saúde debilitada, ela permanece no CTI (Centro de Terapia Intensiva) e necessita ser transferida para a Santa Casa de Misericórdia, no entanto, a vaga não foi disponibilizada.

Mãe de dois meninos, se sete e dois anos, além de Maria Jhulia, Glaucia Pereira Servino da Silva, de 26 anos, conta que comemorou a chegada da filha que nasceu no dia 25 de fevereiro. O parto, de acordo com os relatos, foi normal e bebê não apresentou nenhum problema de saúde.

“Tenho dois meninos. Ela é minha primeira filha, minha princesinha. Nasceu com saúde, mas com uns dois meses percebi que estava com dificuldades. Na hora de mamar parecia muito cansada e levei ao médico, desde então, ela está internada”, relata.

 

 

Ao apresentar os primeiros sinais de problemas de saúde, a criança foi encaminhada para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino e de lá foi levada para o Humap, onde permanece no CTI. “Ela chegou, ficou dois dias no Pronto Atendimento Médico e foi levada para o CTI. Passou algumas semanas, apresentou melhora e foi para a enfermaria, mas no último domingo (26) passou mal e voltou para o CTI”, explica.

Segundo Glaucia, na última segunda-feira (27), Maria Jhulia sofreu duas paradas cardíacas.”Minha filha está piorando. Se tivessem transferido logo que ela chegou, ou, quando saiu do CTI as chances dela seriam maiores. Espero que ela consiga essa vaga o mais rápido possível porque se esperar mais vai acabar morrendo. Ela não está nada bem, eu sei que ela passa mal direto. Está sendo um bebê muito forte. Está lutando pela vida, mas sozinha não dá conta”, frisa.

Em contato com a assessoria de comunicação da Santa Casa, na manhã desta quinta-feira (30), a equipe de reportagem do Jornal Midiamax foi informada de que o hospital é referência em cirurgias cardíacas e em 2015 realizou cerca de 160 procedimentos, no entanto, as vagas são distribuídas pela Central de Regulação.

A assessoria de comunicação da SES foi procurada para falar a respeito do assunto, no entanto, disse apenas que a questão deveria ser tratada com a Santa Casa. Sem previsão de transferência, a família pretende conseguir a vaga na Justiça, no entanto, ainda necessitam do resultado de um ecocardiograma realizado no Hospital Regional. Conforme as informações o diagnóstico comprova a necessidade da cirurgia.

“O HU diz que não pode nos entregar o laudo porque precisam do exame que comprove que ela precisa da cirurgia. Estamos esperando apenas isso para entrar com uma ação para liberação de vaga”, explica. A equipe de reportagem do Jornal Midiamax entrou em contato com a assessoria de comunicação do Hospital Regional para saber sobre a liberação e foi informada de que o resultado está disponível e de que a família pode retirar o exame.

Por telefone, a assessoria de comunicação do Hospital Universitário afirma que a bebê está recebendo os atendimentos necessários e confirmou a indisponibilidade de vagas na Santa Casa. Assista ao VÍDEO gravado pelos pais da criança.