Assembleia aceitou abono de R$ 200

Voto de alunos da PM (Polícia Militar) em assembleia geral que deliberou acordo salarial, provocou revolta entre servidores da categoria que classificaram a participação dos não nomeados como “manobra para influenciar o resultado da votação”.

De acordo com denúncia de PMs, um ônibus teria sido fretado para levar os futuros policiais à assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (12), e assim, aumentar número de quórum. O encontro foi convocado pela ACS (Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Mato Grosso do Sul).

Na assembleia, servidores e alunos da PM e BM, aceitaram abono de R$ 200 oferecido pelo Executivo. Com isso, soldados em início de carreira passam a ganhar R$ 3.556,79, o que representa aumento de 13,1%. O abono será depositado já no mês de maio.

Edmar Soares da Silva, presidente da ACS, reconheceu o voto dos estudantes, porém explicou que a assembleia foi convocada de forma aberta e, por esse motivo, a participação de todo o quadro de militares foi autorizada. “A reunião não era somente para A ou B, mas sim para todos, seja aluno ou policial militar, até porque, eles tem o dever de decidir o futuro deles”, afirma.

Sobre a indignação dos militares, o presidente ressaltou que a “assembleia é soberana” e que aquilo que foi definido “deve ser acatado”. Além disso, o presidente relata que não existe ilegalidade no voto dos alunos. “Tudo isso é desnecessário, é fala de pessoas descontentes que eu respeito, mas os alunos também têm o direito de votar e merecem respeito. Eles não estão alienados ao processo salarial porque isso mexe com a vida deles”, finaliza.