Professores universitários fazem assembleia para avaliar proposta do governo

Governo reafirma proposta de 21% parcelado em quatro anos

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Governo reafirma proposta de 21% parcelado em quatro anos

Há 37 dias em greve, os professores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) fazem assembleia nesta quarta-feira (22) para decidir sobre a proposta apresentada pelo governo federal na última segunda-feira (20), em Brasília no MPOG (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão).

Marco Aurélio, diretor financeiro da Adufms (Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) explica que o governo reafirmou o reajuste salarial em 21% parcelado em quatro anos. “A proposta não está de acordo com o que achamos razoável, mas vamos avaliar e decidir pela continuidade ou não da greve”, fala.

Ainda de acordo com o diretor financeiro o avanço feito foi em relação aos reajustes nos benefícios dos servidores, como auxilio alimentação, creche e saúde. No caso do reajuste dos benefícios o aumento dado foi de 26%. O auxílio alimentação que era de R$375 passa agora com o reajuste para R$ 465. “O governo não aplicou a mesma lógica de aumento no caso do reajuste salarial”, diz.

A proposta do governo é fixar o reajuste em 21% escalonado em quatro anos, e caso a inflação ultrapasse as perspectivas apresentadas uma nova negociação seria feita para o prazo de dois anos, segundo Marco Aurélio.

Uma manifestação está marcada para esta quinta-feira (23), em Brasília em frente ao Ministério da Previdência, e deve contar com mais de 3 mil pessoas. De Mato Grosso do Sul uma caravana sai nesta quarta-feira (22), com 40 pessoas para a manifestação na capital federal.

Reivindicação

Os profissionais reivindicam reajuste de 27% e reestruturação da carreira com progressão funcional entre um nível profissional e outro. Atualmente o salário de professores, graduados inicialmente para 20 horas aulas, é de R$ 2.080,00, mestres R$ 4 mil e doutores R$ 8.600.

Em todo o Estado são aproximadamente 17 mil acadêmicos, entre eles, oito mil em Campo Grande. Além da Capital, Mato Grosso do Sul conta com universidades federais em Aquidauana, Chapadão do Sul, Corumbá, Coxim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas.

 

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