Uma quantidade muito grande de pneus toma chuva, mas proprietário diz passar veneno

Um aglomerado de pneus, a céu aberto, está deixando moradores do Bairro Tijuca, na Capital, em pânico. A população local teme o contágio da e da febre chikungunya, já que há uma quantidade muito grande de pneus expostos, tomando chuva.

De acordo com um vizinho, que preferiu não se identificar, quase toda sua família já pegou dengue. Ele desconfia que seja por conta dos pneus expostos. “Lá em casa já sofremos com essa doença. Agora tem a chikungunya. É preciso ser feita alguma coisa antes que mais pessoas sejam prejudicadas”, esbraveja.

Depois que algumas denúncias chegaram à redação do Jornal Midiamax, uma equipe de reportagem foi até a Rua Itaporã, número 94, a fim de saber a justificativa para haver tanta borracha em condições de abrigar larvas de mosquito.

Desta forma, o dono dos pneus, identificado como Gerson Antônio, ressaltou que o risco de proliferação de mosquitos não existe, já que, toda semana, há uma dedetização. “Isso tudo é minha matéria-prima, pois recorto a borracha a fim usar para sola de calçados, depois eu vendo tudo. Eu tomo todos os cuidados necessários, pois jogo veneno dentro dos pneus. Se alguém quiser verificar se há larvas, pode vir”, explica.

Gerson afirma que essa profissão foi repassada pelo seu pai e afirma que nunca houve caso de dengue por conta disso. “Estou aqui, trabalhando com isso, desde 1980. Nunca teve problema com doenças”, diz.

Ainda segundo o dono dos pneus, a maioria desta matéria-prima foi jogada na rua, possivelmente pela falência de uma fábrica de borracha. “Depois que jogaram eu recolhi, pois, caso contrário, estaria até agora nas ruas acumulando água e mosquitos”, termina.

Por e-mail, a assessoria da Prefeitura informou que os borracheiros são responsáveis pelo encaminhamento dos pneus 
para a Ecopneus e que a a PMCG não faz esse recolhimento.