Expansão da coleta seletiva deve terminar em maio de 2017
“Falta consciência de muitas pessoas na separação do lixo, porque é um bem necessário para a limpeza pública da cidade e pelo fato de que muitas pessoas precisam deste material para sustentar a família. Na minha casa sempre faço a separação do lixo”, explica a aposentada Júlia, de 70 anos.
A empresária, Dione Toledo, de 55 anos, afirma que na sua casa todos fazem a separação do lixo. “É muito importante que seja feita, principalmente, por causa do meio ambiente, até no meu comércio eu faço a separação”, a empresária ressalta que os campo-grandenses ainda jogam muito lixo pela janela do carro. “Falta consciência”, diz.
Com a expansão da coleta seletiva, desde esta segunda-feira (29), 100 mil residências em Campo Grande passam a ter o serviço, que antes era disponibilizado para 32 mil domicílios, em 120 bairros da cidade. Ao todo 800 toneladas de lixo são descarregadas no lixão da cidade, onde 400 trabalhadores fazem a separação, que hoje, de acordo com o presidente da CG Solurb, Élcio Terra, é feita de forma manual. “Agora com a entrega da UTR o serviço será mecanizado, o que vai melhorar o trabalho dos recicladores”, ressalta.
Para Daniel Arguelho, representante da Cooperfort, que integra a rede de cooperativas dos catadores de materiais recicláveis, ainda falta consciência da população. “Precisamos que a sociedade tenha consciência, porque através deste material tiramos o sustento das nossas famílias. Com o aumento da coleta seletiva vamos mudar nosso trabalho”, fala Arguelho.
De acordo com informações da CG Solurb, a expansão da coleta seletiva deve terminar em maio de 2017 atendendo todo o município. “Com a expansão os materiais recicláveis passam a ter mais valor, agregando valor ao trabalho de quem vive da coleta destes materiais”, ressalta Terra.