Mulher pede que direitos da filha sejam respeitados

Sozinha e com um cartaz nas mãos, Helena Cristina de Paiva Ramos, de 42 anos, fez um protesto na manhã desta quarta-feira (4), a fim de chamar a atenção do governo do Estado para a situação da filha, de quatro anos, que sofre de pneumopatia intersticial, uma doença pulmonar grave. O apelo da mãe é para que o pai seja supervisionado na visitas a filha, porque quando está com a criança, a expõe a situações que comprometem sua saúde.

“Minha filha não pode tomar chuva, nada que possa fazer com que tenha um resfriado. Ela não pode correr, tem um monte de coisas que ela não pode fazer, e quando está com ele, ela é liberada para fazer essas coisas”, detalha Helena, ao destacar que a menina precisa ser preservada até os 8 anos, idade na qual seu pulmão deve estar formado, e deve suportar melhor as diversas situações a que será exposta durante a vida, sem haver necessidade de um transplante no futuro.

Helena também contou que já foi a Brasília pedir ajuda, onde conseguiu 358 assinaturas e documentos que indicam que o pai da criança está cometendo pelo menos seis crimes que violam o Eca (Estatuto da Criança e do Adolescente). “Ele está cometendo maus tratos, abandono material, violência doméstica psicológica, evasão fiscal, induzimento ao erro das autoridades, uma vez que devolveram para ele o direito da visita sem acompanhante, e denunciação caluniosa”.

A mãe afirma que a menina esta tendo os direitos violados pelo pai e órgãos competentes. “Tenho uma mala de documentos e provas que mostram descumprimentos das ordens médicas e violação do direito à vida e prognóstico da criança”, afirma.

Depois de algum tempo parada em frente a governadoria com o cartaz nas mãos, a moça conseguiu uma reunião com algum representante do Poder Público, mas ela não foi informada de quem seria. A reunião estava prevista para começar ás 14 horas.