Greve teria motivado o não atendimento

Uma mãe, que preferiu não se identificar, reclama que não conseguiu atendimento pediátrico para o filho de 2 anos, na madrugada desta quinta-feira (21), no CRS (Centro Regional de Saúde) Aero Ranho, na região sul de . A mulher diz que foi informada de que a médica de plantão não faria o atendimento porque está em greve.

Segundo os relatos, a mãe procurou atendimento porque o filho está com bronquite e apresentou febre alta de 38ºC, durante a madrugada. A mulher afirma que a criança passou pela triagem, onde foi constatado que a febre não havia baixado, no entanto, não foi atendida. “Fiquei esperando até que a enfermeira disse que a médica avisou que não tinha obrigação de atender porque estava em greve”, relata.

A mãe diz ainda que questionou o motivo da presença da médica, uma vez que o atendimento não seria prestado. “Perguntei o por que ela estava ali se não estava disposta a atender, ainda mais se tratando de uma criança com febre. Segundo a doutora não se tratava de emergência e eu poderia esperar até as 5 horas  para ver se ela mudava de ideia. Então achei melhor pegar meu filho e ir para casa”, explica.

Conforme os relatos, o nome da médica não foi informado. O (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul) garante que mesmo em greve, 30% do efetivo permanecem trabalhando nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e CRSs e que os médicos são orientados a prestar atendimento.

A assessoria de comunicação do Sinmed garante que a médica não se negou a fazer o atendimento e observa que a informação chegou à mãe por meio da enfermeira.  O Sinmed diz que suspeita de que alguns profissionais estejam tentando “desestabilizar o movimento da paralisação”.

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), afirma que já recebeu outras reclamações nesse sentido e orienta que as denúncias sejam formalizadas na ouvidoria do SUS (Sistema Único de Saúde) por meio do telefone: (67) 3314-9955, ou na sede da Secretaria, localizada na Rua Bahia, nº 280, Centro.

A assessoria de comunicação enfatiza que as investigações só podem ser feitas após a apresentação formal da denúncias. Quanto à possibilidade de que o paciente tenha sido dispensado pela própria enfermeira, como sugere o Sinmed, a Sesau alega que não há denúncia formal e que por esta razão fica impedida de se posicionar oficialmente sobre a questão.

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