Tiros teriam sido disparados e barracas queimadas

Indígenas da etnia que ocuparam nesta semana uma fazenda em , distante 380 quilômetros de Campo Grande, afirmam que foram atacados nessa quarta-feira (24). Na manhã desta quinta-feira (25), os índios usaram a página “Resistência do Povo Terena”, no Facebook, para relatar o ataque.

Conforme informações, dos indígenas do acampamento de Kurusu Ambá, durante o ataque foram efetuados vários disparos contra o grupo. Além disso, crianças e mulheres teriam sofrido tentativas de atropelamento.

Durante o suposto ataque, barracas teriam sido totalmente queimadas. Segundo o coordenador do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), Flávio Vicente Machado, lideranças do acampamento informaram que três indígenas e um bebê estão desaparecidos.

O coordenador explica que havia um acordo para que fazendeiros deixassem o local, no entanto, a Polícia Federal não acompanhou a saída dos produtores rurais. Na tarde de ontem, o grupo teria sido atacado.

“o acordo é que os fazendeiros sairiam e retirariam todos os bens e os gados, mas isso não aconteceu. Estava falando com uma das lideranças e cheguei a ouvir alguns tiros. Sabemos que o clima está bastante tenso”, declara.

O coordenador do Cimi diz que a ocupação representa 120 guaranis-kaiowas que estavam refugiados na Aldeia Taquaperi, onde vivem outros dois mil indígenas e que o suposto ataque e desaparecimento de pessoas serão investigados. Em 2007, uma ansiã do grupo teria sido assassinada a tiros durante um conflito. 

Ocupações – Outras duas ocupações foram realizadas ontem em Aral Moreira, a 402 quilômetros da Capital. Trabalhadores teriam sido retirados das propriedades rurais e a ocupação seria retaliação à morte de um ‘cacique’ em outra fazenda da região.