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Cotidiano

‘Blindado’ e com poucos plantonistas, posto de saúde vive caos em feriadão

Equipe de reportagem foi barrada por guarda no posto
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Equipe de reportagem foi barrada por guarda no posto

Pacientes que procuraram o CRS (Centro Regional de Saúde) Guanandy Dr. Ênio Cunha, localizado na Avenida Manoel da Costa Lima, em , reclamaram da falta de médicos nesta véspera de Sexta-Feira Santa, em um feriadão prolongado que começou já nesta quinta (2) por conta do ponto facultativo nos órgãos públicos. A equipe de reportagem do Jornal Midiamax foi impedida pela Guarda Municipal de entrar no saguão, onde cerca de 100 pacientes estão aguardando atendimento.

Um paciente, que prefere não se identificar, afirma que chegou ao local por volta das 5 horas e que não havia médicos na unidade de saúde. “Chegamos e eles disseram que já que tinham de trabalhar no feriado [celebrado amanhã], iriam chegar só depois das 7 horas. Isso é um desrespeito”, afirma.

O auxiliar de serviços gerais Alessandro Lessa, de 40 anos, também disse ter sido informado sobre a falta de médicos e que o atendimento começou apenas por volta das 8h30. “Falaram que não tinha médico para atender. Começaram a chamar os pacientes já era umas 8h30”, ressalta.

Aguardando em uma cadeira de rodas, a vendedora Edilaine Weiss, de 30 anos, que sofreu uma torção no pé, diz que foi a uma unidade de saúde no Aero Rancho, onde foi orientada a seguir para o CRS Guanandy. No local, esperou por quase duas horas antes de ser informada de que deveria seguir para uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento).

“Cheguei e uns 20 minutos depois passei pela triagem e fiquei esperando, depois de mais de uma hora e meia a assistente social disse que eu deveria procurar ou a UPA Universitário ou a UPA Coronel Antonino. Isso é humilhante. É um absurdo eu ficar quase duas horas aguardando para depois falarem que terei de ser atendida em outro local”, enfatiza. Pouco depois de falar com a reportagem, a vendedora teve de devolver a cadeira de rodas a pedido de um dos funcionários do CRS.

A assistente social Zilah da Cruz justifica que orientou a paciente para outra unidade de saúde por falta de equipamento para fazer o exame de raios X . Questionada sobre o tempo de espera, de quase duas horas, a servidora não soube explicar o motivo.

Identificado apenas como Alex Silva, o enfermeiro chefe responsável pelo plantão desta quinta-feira nega as informações repassadas pelos pacientes. “Teve a troca de plantão às 6 horas e os médicos deram preferência para os pacientes que estavam na enfermaria, antes de atender os do saguão”, alega.

De acordo com o enfermeiro chefe, dois médicos fazem atendimento com apoio de outro profissional enviado pela Equipe Móvel. Sem acesso ao saguão do CRS, a equipe de reportagem não conseguiu conversar com outros pacientes – a justificativa do guarda municipal é de que, mesmo se tratando de espaço público, a imprensa precisa de autorização para entrar em um posto de saúde. 

Em virtude do ponto facultativo decretado pelo prefeito, Gilmar Olarte (PP), não foi possível falar sobre o caso com a assessoria de comunicação da (Secretaria Municipal de Saúde Pública).

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