Pontos de ônibus da capital não protegem do sol nem da chuva, reclamam usuários

Os novos abrigos exigiram investimento de R$ 1,3 milhão e fazem parte do programa do Pró-Transporte. O problema é que ninguém quer um lugar ao sol quando se trata de esperar um ônibus por mais de vinte minutos

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Os novos abrigos exigiram investimento de R$ 1,3 milhão e fazem parte do programa do Pró-Transporte. O problema é que ninguém quer um lugar ao sol quando se trata de esperar um ônibus por mais de vinte minutos

Ninguém quer um lugar ao Sol quando se trata de esperar por mais de vinte minutos um ônibus em Campo Grande. O problema, porém, está na estrutura padrão comprada pela prefeitura, que não deixa sombra para quem fica abaixo dela.

Longe de querer um ponto de ônibus como os da cidade turística de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde cabines com ar condicionado são disponibilizadas para a população aguardar pelo coletivo, os campo-grandenses acreditam que mereciam um pouco mais de conforto.

Escondidos em um muro próximo do ponto, os amigos Maykm Bruno e Everton, de 16 anos e Rafael Santos, de 15 anos, aguardavam um coletivo para ir ao shopping na avenida Júlio de Castilho.

“Nós saímos da banda e estamos voltando para casa, mas aqui é sempre assim, nunca consegui uma sombra neste ponto de ônibus”, reclamou Rafael.

 Disputando a sombra que o pilastre da estrutura fazia estavam Dalva Ferreira, de 66 anos, e outras cinco pessoas. “Tem que melhorar esses pontos, não sobra um pedacinho pra gente se proteger”, reclamou.

Ela usava óculos escuros e estava aguardando o ônibus há mais de 20 minutos. Em 2012, a Prefeitura de Campo Grande divulgou uma nota informando que 258 abrigos de ônibus seriam trocados.

Os novos abrigos exigiram investimento de R$ 1,3 milhão e fizeram parte do programa do Pró-Transporte, com recursos em cerca de R$ 58 milhões para Campo Grande.

Neste ano, Bernal solicitou financiamento de R$ 120,3 milhões junto à União, por meio da Caixa Econômica Federal, para execução de obras de reestruturação e modernização do Sistema Integrado de Transporte Público Coletivo da Capital. São recursos do PAC Mobilidade Grandes Cidades.

No projeto, votado pela Câmara de vereadores, estão previstas construções de 41 novas estações de embarque e 500 pontos de ônibus com abrigos. A população aguarda que esses, de fato, não deixem a chuva molhar.

A reportagem solicitou informações sobre como seriam esses novos abrigos a assessoria de comunicação da prefeitura, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.

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