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Publieditorial

Setembro Verde: Diálogo e Informação para Salvar Vidas

Diálogo e informação são os instrumentos para aumentar as chances de quem precisa de transplante e que a vida continue
Conteúdo de Marca -
Médica Nathalia do Carmo. (Reprodução)

A doação de órgãos representa um ato de amor e de continuidade da vida, mas enfrenta um grande obstáculo no Brasil: a falta de diálogo entre as famílias. Para a médica clínica geral Nathalia Carmono Lemos Tabosa, do Hospital Cassems de Campo Grande, o maior desafio não é a falta de pessoas dispostas a doar, mas a ausência de uma conversa prévia sobre a decisão.

“A perda de um ente querido é sempre dolorosa. Mas, é nesse momento que é fundamental considerar os desejos do paciente. A doação de órgãos é um gesto de solidariedade, capaz de transformar a dor em esperança, já que um único doador pode salvar até oito vidas. Por isso, falar sobre o assunto em casa, deixar claro o desejo de doar e levar informação correta à população são passos fundamentais para aumentar o número de doações e salvar mais vidas”, afirma a especialista, que integra a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do Hospital Cassems de Campo Grande.

Linha do Tempo

Para desmistificar o processo e reforçar a importância da doação, a especialista ministrou uma palestra sobre a Linha do Tempo da Doação, durante ações de conscientização sobre a importância da doação de órgãos e tecidos realizadas no Hospital Cassems de Campo Grande. “Muitas vezes, a população não conhece como funciona a linha do tempo da doação, desde a identificação de um possível doador até a realização do transplante. Mostrar esse passo a passo, de forma simples, pode quebrar mitos e reforçar que a doação é um ato de solidariedade”, explica.

Nathalia esclarece que a doação de órgãos segue etapas bem organizadas e seguras, com protocolos rigorosos para garantir a integridade do processo. A primeira é o diagnóstico de morte encefálica, confirmado por exames clínicos e complementares, de acordo com critérios médicos rigorosos. “É importante reforçar que a equipe médica que realiza o diagnóstico não é a mesma que conversa com a família sobre a doação. O diagnóstico de morte encefálica é um direito do paciente, feito com total rigor técnico”, pontua.

Após a confirmação do diagnóstico, a família é consultada para autorizar ou não a doação. Se houver consentimento, o hospital notifica a Central de Transplantes. Todo o processo de transplante pode perdurar por, no máximo, 48 horas, e não interfere no velório, que pode ser realizado normalmente após esse prazo.

Parceria

O Hospital Cassems de Campo Grande é parceiro da Central Transplante, realizando ações para sensibilizar a população sobre a importância do transplante, a capacitação dos profissionais da área da saúde e, também, com a população em geral sobre o procedimento.

“Tivemos vários doadores aqui e, todo ano, a equipe do Hospital realiza ações para divulgar e levar conhecimento sobre o Setembro Verde, realizando palestras para que os profissionais, que estão em contato com a família, possam auxiliar nesse momento tão delicado. Então, para nós é extremamente importante essa parceria com o Hospital Cassems durante esse processo todo de doação”, ressalta a coordenadora da Central Estadual de Transplantes de Mato Grosso do Sul (CET-MS), Claire Carmen Miozzo.

A Central de Transplantes avalia os órgãos e define a distribuição, considerando critérios como compatibilidade e gravidade dos pacientes em lista de espera. Por fim, as equipes realizam a cirurgia de remoção dos órgãos.

Parceria do Hospital com Central de Transplante.

Homenagem

Médico responsável por Transplante de Medula Óssea do Hospital Cassems de Campo Grande é homenageado na Assembleia Legislativa.

O médico hematologista responsável pelo Transplante de Medula Óssea do Hospital Cassems de Campo, Renato Yamada, recebeu, na última segunda-feira (22), em sessão solene “Amigos do Transplante” realizada no Plenário Júlio Maia, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, o diploma de Honra ao Mérito Legislativo Amigo do Transplante.

“O serviço de transplantes é um pilar fundamental da saúde pública, representando uma nova chance de vida para pacientes que, muitas vezes, esgotaram todas as outras opções de tratamento. Para o nosso hospital, ter um programa de transplantes robusto e eficiente, significa cumprir nossa missão de oferecer o que há de melhor em cuidado e tecnologia, elevando a qualidade de vida de inúmeros indivíduos e famílias. Para a população em geral, a doação de órgãos e tecidos é um ato de solidariedade e amor ao próximo que transcende barreiras, construindo uma verdadeira corrente de esperança”, afirma Yamada.

A homenagem faz alusão à Campanha Setembro Verde e visa valorizar os que se dedicam à causa. O Hospital Cassems de Campo Grande é o único no estado apto a realizar transplante de medula óssea do tipo autólogo, em que as próprias células-tronco do paciente são coletadas, congeladas e, posteriormente, reinfundidas após altas doses de quimioterapia e/ou radioterapia.

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