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Energia solar é alimentada por Fazenda de Bitcoin “carbono zero”

A expansão frenética da energia solar no Brasil se cruzou, nos últimos anos, com a busca da indústria de Bitcoin por eletricidade limpa.

A expansão frenética da energia solar no Brasil se cruzou, nos últimos anos, com a busca da indústria de Bitcoin por eletricidade limpa. Em 2025, o país já contava com 53 GW de potência fotovoltaica instalada.

Volume suficiente para abastecer quase quatro vezes a cidade de São Paulo e que representou um salto de 39,6% na geração anual, chegando a 70,7 TWh, segundo o Balanço Energético Nacional da EPE e levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar).

Essa velocidade transformou o Brasil em porto seguro para fazendas de mineração que querem cortar emissões sem comprometer competitividade.

Da mineração intensiva à pegada zero

O salto fotovoltaico não é apenas macro. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) contabiliza mais de 780 mil novos sistemas de micro e minigeração distribuída instalados em 2024, praticamente todos com painéis solares, elevando a potência de geração própria a 8,84 GW.

Em termos de participação, a fonte solar já responde por 22% de toda a matriz elétrica nacional, indicando mudança estrutural no parque gerador do país. Enquanto essa oferta renovável cresce, a mineração de Bitcoin segue alvo de críticas.

O Cambridge Bitcoin Electricity Consumption Index (CBECI) calcula 178,4 TWh/ano de demanda global, superando o consumo anual da Polônia. Ainda assim, o mesmo centro de pesquisa aponta que 52,4% da energia usada pela rede em 2025 já vem de fontes sustentáveis.

Reflexo de migração para hidrelétricas na América do Norte e, mais recentemente, para usinas solares no Brasil. Tudo isso abriu espaço para criptomoedas com potencial de crescimento que atrelam seu valor a ativos sustentáveis ou dedicam parte das taxas de transação a projetos de energia limpa.

A adoção de cripto na América Latina, aliás, disparou em 2025, com investidores brasileiros buscando proteção contra a inflação e rendimento superior ao da renda fixa. Um bom exemplo dessa convergência é o projeto da EnergyPay.

Ele lançou em Itaobim, no Vale do Jequitinhonha, a primeira usina solar brasileira financiada por taxas de transação de uma moeda digital, a EnyCoin (ENY). A planta inicial, de 1 MW, entrou em construção em dezembro de 2021 e serve de piloto para a entrega de outras 14 usinas até 2025, totalizando 15 MW.

Cada obra tem o CAPEX “fatiado” em tokens, permitindo que pequenos investidores recebam retorno tanto da valorização do ativo quanto da venda de energia no mercado livre. Segundo a fintech, a escolha de Minas Gerais se deve à abundância de irradiação solar e à proximidade de linhas de transmissão.

Garantindo, assim, fator de capacidade médio acima de 23%, quase o dobro da média europeia para parques similares. A engenheira Juliana Leite, COO da EnergyPay, afirma que a tokenização democratiza o financiamento de infraestrutura e ancora o preço de Bitcoin numa fonte renovável.

Reduzindo a pegada de carbono da rede ao mesmo tempo em que amplia a geração distribuída no semiárido mineiro. Nos bastidores, atores de mercado já projetam um novo agro movido a chips ASIC.

Estudo conjunto da consultoria Arthur Inc. e da Genial Investimentos calcula que o aproveitamento de energia solar ociosa por contêineres de mineração pode gerar até R$ 300 milhões em receita anual no país até 2026.

Tokenização solar: O modelo de negócios que financia usinas

A lógica não tem mistério. O custo de construir uma usina, terreno, módulos, inversores, conexão, é fatiado em frações digitais gravadas em blockchain. Cada token corresponde a uma parte do CAPEX e entrega duas linhas de receita. A participação nos créditos de energia gerados e a valorização do próprio ativo cripto.

A Lei 14.300/22, marco da micro e minigeração distribuída, abriu caminho ao permitir compensação de energia na rede e contratos de longo prazo, enquanto a tecnologia garante rastreabilidade de fluxo financeiro e lastro no ativo físico.

Num cenário de sobre-oferta elétrica, a tokenização reduz o payback para quatro a cinco anos, índice que projetos tradicionais raramente alcançam. No interior do Rio Grande do Sul uma fazenda de 3,5 MWp já está com 80% das obras concluídas. Metade dos R$ 15 milhões de investimento veio da venda de tokens criada pela plataforma Liqi.

Quando plugada à rede, ainda em 2024, a usina terá potência para abastecer 1.200 residências e reservar parte da geração para contêineres de mineração instalados no mesmo sítio, amortecendo volatilidade do preço de energia na praça livre.

Além disso, a energia solar evita emissões em dobro. Substitui térmicas fósseis e, quando alimenta mineração, retira demanda de fontes poluentes que hoje respondem por quase metade do hash global. Cada megawatt fotovoltaico evita em média 58t de CO₂ por ano no Brasil, segundo cálculos da Solar dos Pomares.

No projeto gaúcho isso significa 2.040t de carbono poupados durante a primeira década de operação, equivalente a plantar 19 mil árvores de pau-brasil, tomando a métrica de 0,146t de CO₂ capturada por árvore adulta.

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