Toda semana milhares de pessoas acompanham o resultado da Mega-Sena, ganhar na loteria é o sonho de milhões de brasileiros, especialmente quando o prêmio ultrapassa a marca dos R$ 600 milhões, como aconteceu na Mega da Virada de 2024. Com tanto dinheiro, é natural imaginar que qualquer carro do mundo estaria ao alcance. No entanto, a realidade no universo dos supercarros é bem diferente.
Existem modelos tão raros, exclusivos e personalizados que nem mesmo um bilhete premiado da Mega-Sena seria suficiente para comprá-los. Não se trata apenas de preço: muitos desses veículos são produzidos em edições limitadíssimas, oferecidos apenas a clientes selecionados pelas marcas — muitas vezes bilionários com relações próximas aos fabricantes.
Em alguns casos, nem mesmo centenas de milhões de reais são suficientes para adquirir determinados carros — e isso não tem a ver apenas com o preço, mas com o acesso restrito a essas máquinas. “Esses modelos ultraexclusivos são produzidos em tiragens limitadas e vendidos apenas para um grupo extremamente seleto de pessoas”, explica Alan Corrêa, especialista em mercado automotivo do Carro.Blog.Br.
Neste conteúdo, listamos três carros que você provavelmente não conseguiria comprar nem com o maior prêmio da Mega-Sena já pago na história. São máquinas que ultrapassam os R$ 100 milhões, com detalhes únicos, donos pré-definidos e níveis de exclusividade que desafiam até mesmo a fortuna de um novo milionário.
Rolls-Royce Boat Tail: luxo náutico sobre quatro rodas
O Rolls-Royce Boat Tail é atualmente o carro mais caro do mundo, com preço estimado entre R$ 150 milhões e R$ 200 milhões. Foram produzidas apenas três unidades, cada uma feita sob medida, com elementos que remetem a iates de luxo, incluindo guarda-sóis retráteis, talheres de prata e até compartimento climatizado para champanhe. A exclusividade e o nível de personalização tornam o modelo inacessível até mesmo para ganhadores da Mega-Sena.
O nível de requinte vai além da estética. Cada Boat Tail levou mais de quatro anos para ser desenvolvido em colaboração com os compradores, que participaram de todas as decisões de design, materiais e acabamentos. A carroceria é moldada à mão, e o acabamento do porta-malas simula a madeira náutica de embarcações milionárias. Até o logotipo da Rolls-Royce pode ser feito em ouro 24 quilates.
Mesmo com R$ 600 milhões na conta, adquirir um Boat Tail é improvável. Isso porque os compradores foram escolhidos diretamente pela Rolls-Royce, com base em relacionamentos pessoais e históricos com a marca. Ter o dinheiro é apenas um dos pré-requisitos — o principal é estar entre a elite mais exclusiva do mundo.
Bugatti La Voiture Noire: exclusividade absoluta sobre rodas
A Bugatti La Voiture Noire é uma peça única, criada em homenagem ao clássico Type 57 SC Atlantic dos anos 1930. Com design escultural e motor W16 quadriturbo de 1.500 cv, o modelo custa cerca de US$ 18 milhões — o equivalente a mais de R$ 100 milhões. Mesmo com uma fortuna, encontrar (e comprar) essa máquina é virtualmente impossível.
Produzido em apenas uma unidade, o La Voiture Noire foi vendido antes mesmo da sua estreia pública. O comprador jamais foi revelado oficialmente, embora rumores associem o nome de Cristiano Ronaldo à aquisição. Com acabamento totalmente em fibra de carbono preta, o carro é mais uma obra de arte do que um veículo tradicional.
Além do valor extremo, o obstáculo principal é que o carro não está mais disponível para venda. O único exemplar pertence a um colecionador que dificilmente abrirá mão da raridade, mesmo diante de propostas multimilionárias. Ou seja, nem com o prêmio da Mega da Virada seria possível comprá-lo hoje.
Pagani Zonda HP Barchetta: a joia pessoal de Horacio Pagani
O Pagani Zonda HP Barchetta é uma homenagem de Horacio Pagani ao próprio legado. Com apenas três unidades fabricadas, uma delas pertence ao próprio criador da marca italiana. O carro foi avaliado inicialmente em US$ 17,5 milhões, mas sua raridade o valorizou para além dos R$ 110 milhões.
O design é totalmente fora dos padrões. O modelo é conversível, sem para-brisas tradicionais, e traz um acabamento artesanal que combina titânio, fibra de carbono e alumínio. O motor é um V12 7.3 litros da AMG, capaz de entregar uma sonoridade e desempenho que fazem dele um dos mais desejados do mundo.
No entanto, o Zonda HP Barchetta nunca foi destinado ao público comum. Os poucos que conseguiram uma unidade são amigos próximos da fábrica, com décadas de relação pessoal com Horacio Pagani. Isso significa que, mesmo com centenas de milhões de reais em mãos, não há como simplesmente entrar em uma concessionária e adquirir o modelo.
