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Artigos de Opinião

A História nem sempre conta a verdade

Jornalista e professor Wilson Aquino
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Wilson Aquino

A afirmação de que o futuro se encarrega de esclarecer emaranhados fatos do presente, promovendo justiça com seus personagens, atribuindo fielmente a real participação e atribuição de cada um nesses episódios do passado, nem sempre é verdadeira.

A História do Brasil e de outros países do mundo comprovam isso. Que a história nem sempre é fiel aos fatos, como eles realmente aconteceram.

Veja o que aconteceu, por exemplo, com a Revolução de 1964 do Brasil, que resultou no (hoje) chamado “Golpe militar”. Será que foi isso mesmo? Será que foi, de fato, um golpe das Brasileiras para tomar o poder da sociedade civil na época?

Foi um “Golpe militar” como a maioria dos livros e pessoas (intelectuais, artistas, políticos e outros segmentos da sociedade e autoridades) trataram logo de propagar?

Ou teria sido como uma minoria (de intelectuais, artistas, políticos e outros segmentos da sociedade e autoridades), que também esteve lá, afirmando que a ação militar foi para impedir o verdadeiro golpe que se pretendia dar: o estabelecimento do regime comunista no Brasil?

As evidências sobre essa ameaça comunista são fortes, bem documentadas e testemunhadas para quem, de fato, quiser saber o que realmente aconteceu em 64. No entanto, a história se encarregou de ignorar absolutamente tudo isso, até mesmo os registros das manifestações públicas de milhares de brasileiros e brasileiras que foram às ruas, aos gritos, com faixas e cartazes, pedindo a intervenção militar para que o país não caísse nas mãos dos comunistas.

Houve até a famosa “Marcha da família com Deus, pela liberdade” (alguma semelhança com outra manifestação no país?) pedindo socorro nesse sentido. O povo foi às ruas na Capital federal ( à época) e em várias cidades brasileiras, contra o comunismo que avançava a passos largos para tomar o Brasil.

Foi então que os apelos e fatos políticos diversos daquele naquele ano culminaram com a intervenção militar, colocando o país em segurança. Se houve ou não exagero dos militares na repressão àquele movimento golpista, essa é outra história. O fato é que havia sim um plano comunista para assumir o poder no Brasil como já vinha acontecendo em outros países, inclusive na nossa vizinhança.

Como os militares não promoveram os devidos esclarecimentos públicos, como politicamente seria necessário fazer desde o início da intervenção, para que a opinião pública tivesse pleno conhecimento dos fatos, de norte a sul, de leste a oeste do país, o outro lado (esquerda) tratou logo de rotular como “golpe militar de 64”, enganando a (verdadeira) história. E pensar que hoje o Brasil paga milionária indenização mensal a essas “vítimas” do “golpe”. Inacreditável isso! Incrível o poder da mentira.

O mesmo erro da história aconteceu também na América do Norte, na conquista do Velho oeste americano”, onde os índios, nativos da região, foram perseguidos, massacrados e mortos. Homens, mulheres e até crianças, foram brutalmente assassinadas. Expulsos de suas terras com extrema violência, covardia e desumanidade.

A história desse episódio tratou logo de taxar os índios como selvagens e sanguinários, que perseguiam e matavam os “brancos”, incendiando suas casas e propriedades. E que por conta disso o governo foi obrigado a ir à guerra contra eles.

Essa imagem do índio “violento e sanguinário” só começou a cair na mente da cultura americana depois de alguns escritores e cineastas começarem a mostrar, por intermédio de suas obras artísticas e literárias, a verdade dos fatos.

Então, como ela (história) nem sempre conta a verdade, fico refletindo como ficará nos livros e na cultura do povo brasileiro, de amanhã, os fatos (políticos econômicos e sociais) que estamos vivendo hoje, com e tempestades de toda ordem? Como será a história contada?

Será que, mais uma vez, a história se encarregará de tornar bandidos inescrupulosos, criminosos e corruptos, em inocentes? Ou até em heróis? E aqueles que tentaram colocar um fim à cultura da corrupção, especialmente nos poderes legislativo e executivo do país, serão tratados como heróis? ou serão conhecidos como genocidas, antidemocráticos, terroristas e traidores da Pátria?

*Jornalista e Professor

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