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Brasil

Sindnapi diz que não foi alvo de operação deflagrada pela Polícia Federal

Em nota, Sindicato diz que não é investigado por esquema nacional de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões
Aline Machado, Renata Portela -
Polícia Federal. (Imagem Ilustrativa/Polícia Federal)

Em nota divulgada nesta quinta-feira (24), o Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos) afirma que não é alvo na Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal.

A ação de combate a fraudes do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) investiga esquema nacional de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões. O Sindicato garante que não está sob investigação.

“O Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (SINDNAPI) vem a público, de forma categórica, esclarecer que não é alvo de investigação da Polícia Federal no âmbito da Operação Sem Desconto, e não recebeu qualquer mandado ou notificação nesse sentido”.

A ação realizou busca no sindicato que tem José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Lula (PT), como diretor vice-presidente. No entanto, não foi alvo da operação.

Conforme o Uol, o presidente do Sindnapi, Milton Baptista de Souza Filho, é citado nas investigações. O sindicado foi descredenciado.

A arrecadação, conforme as investigações, cresceu 78% entre 2020 e 2021, depois de uma forte redução no volume de contribuições durante a pandemia.

Descontos nas folhas

Durante as investigações, iniciadas em 2023 pela CGU (Controladoria-Geral da União), foram entrevistados 1.300 aposentados, sendo que boa parte deles não sabia que havia descontos em suas folhas de pagamento.

“Mais de 90% deles não reconheciam ter autorizado esses descontos. Inclusive, alguns só ficaram sabendo que estavam sendo descontados durante a entrevista”, disse o ministro da CGU, Vinícius de Carvalho.

Foram cumpridos 211 mandados de busca e apreensão, além de seis mandados de prisão temporária – sendo três cumpridos e três alvos foragidos – nos estados de Mato Grosso do Sul, Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do SulSão Paulo, Sergipe, além do Distrito Federal.

Acordo de Cooperação Técnica (ACT)

Foi descoberto que as entidades cobraram de aposentados e pensionistas o valor estimado de R$ 6,3 bilhões, no período entre 2019 e 2024. As entidades de classe, como associações e sindicatos, firmam Acordos de Cooperação Técnica (ACT) com o INSS, permitindo que realizem descontos de mensalidades associativas diretamente na folha de pagamento dos beneficiários.

Contudo, as investigações revelam que o esquema consistia em realizar descontos sem a autorização dos titulares. Ou seja, os valores eram descontados sem o consentimento dos beneficiários. Ao todo, 11 entidades foram alvo da operação.

“Infelizmente, a maioria dessas pessoas não havia autorizado os descontos – a grande maioria era vítima de fraudes, como falsificação de assinaturas”, pontuou Vinícius.

Servidores afastados

Durante a operação, seis foram afastados de suas funções, incluindo o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. Também foram afastados o Diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão, o Chefe da Procuradoria Federal Especializada, o Coordenador-Geral de Suporte ao Atendimento ao Cliente, o Coordenador de Pagamentos e Benefícios do INSS, além de policial federal.

Os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa, passiva, violação de sigilo funcional, falsificação de documento, organização criminosa e lavagem de capitais.

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