Desde a última sexta-feira, 20, as redes sociais foram tomadas por notícias sobre a brasileira Juliana Marins. A publicitária caiu de um penhasco no Monte Rinjani, durante uma trilha guiada na borda da cratera do vulcão. Desde a confirmação do desaparecimento, familiares mobilizam as redes para cobrar das autoridades da Indonésia a continuidade das buscas pela brasileira.
Juliana espera por resgate há mais de 60 horas, desde o momento da queda. Ela foi localizada na manhã desta segunda-feira, 23, por drones equipados com sensores térmicos, usados pela equipe de resgate.
Monte Rinjani

O Monte Rinjani é um vulcão ativo, localizado na ilha de Lombok. Ele atrai milhares de alpinistas todos os anos e chama atenção por sua imensa caldeira vulcânica, preenchida pelo lago Segara Anak, de coloração azul que lembra o mar.
Rinjani é o segundo maior vulcão da Indonésia, com altitude que pode chegar a 3.726 metros. A última erupção aconteceu em 2015, quando o vulcão lançou cinzas de 3,5 mil metros de altura. Também foram registrados tremores de terra nas redondezas.
Segundo o Parque Nacional do Monte Rinjani, as trilhas feitas pela borda da cratera são consideradas de alta periculosidade, pois o terreno é formado por cascalho solto. O percurso é indicado apenas para pessoas com bom preparo físico. As trilhas costumam ter entre 10 e 15 km por dia.
Alpinistas que passaram pelo local relataram, em redes sociais e plataformas como o TripAdvisor, que o trajeto exige bastante esforço. Com apenas três horas de caminhada, é possível alcançar 1.500 metros de altitude. O clima também varia bastante: pela manhã, pode chegar aos 30 °C, e à tarde, cair para 4 °C.
Governo brasileiro
Em nota divulgada no último domingo, 22, o Itamaraty informou que a embaixada brasileira em Jacarta iniciou diálogo com o governo indonésio para acompanhar o andamento do resgate.
Ainda segundo a nota, dois funcionários foram enviados à região para acompanhar de perto os esforços de busca e resgate de Juliana.
Redes Sociais
Como alternativa para pressionar autoridades da Indonésia, familiares da brasileira, que reside atualmente em Niterói (RJ), criaram um perfil no Instagram para que as buscas por Juliana continuem.
O perfil já conta com mais de 700 mil seguidores e diversos posts com atualizações sobre as buscas pela brasileira.