Dois cardeais brasileiros figuram na lista de possíveis sucessores do papa Francisco, que morreu aos 88 anos na madrugada de segunda-feira (21), por AVC e insuficiência cardíaca.
Arcebispo de Salvador é o favorito
O paulista Dom Sérgio da Rocha, 64, arcebispo de Salvador, desponta como favorito entre os cardeais brasileiros convocados para o conclave, segundo especialistas em Vaticano. Contudo, a chance de um brasileiro assumir o pontificado é remota, ainda de acordo com analistas. Chamado de “vice-papa”, Pietro Parolin é apontado como favorito em plataforma de apostas.

Dom Sérgio também foi arcebispo em Teresina e em Brasília. Em 2021, foi nomeado pelo papa Francisco como membro da Congregação para os Bispos. Dois anos depois, passou a integrar o Conselho de Cardeais.
Ele foi nomeado sacerdote em dezembro de 1984, quando tinha 25 anos. Mas sua ascensão começou ao ser nomeado bispo auxiliar de Fortaleza, em 2001. Ele ascendeu rapidamente na hierarquia da igreja ao se tornar cardeal, em novembro de 2016.
Dom Sérgio ocupou posições de destaque na Igreja no Brasil e na América Latina. Foi presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) a partir de 2015 e atuou no Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam), onde presidiu o Departamento de Vocações e Ministérios.
Primeiro cardeal da Amazônia
Na Arquidiocese de Manaus desde 2020, o catarinense Leonardo Ulrich Steiner, 74, também é apontado como candidato brasileiro para suceder Francisco. Ele foi anunciado cardeal em maio de 2022.

Conhecido pela postura progressista em questões sociais e ambientais, Steiner havia sido nomeado bispo em 2005 pelo papa João Paulo 2º. Bacharel em Filosofia e Pedagogia, obteve doutorado em filosofia na Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma.
Arcebispos do Rio e São Paulo também integram lista. Com menos chances, Odilo Pedro Scherer, 75, arcebispo de São Paulo, e Orani João Tempesta, 74, arcebispo do Rio de Janeiro, também integram a lista de 135 votantes e elegíveis para assumir o papado. Os cardeais João Braz de Aviz, 77, Paulo Cezar Costa, 58, e Jaime Spengler, 65, completam a relação de brasileiros aptos para participar do conclave.
Brasil tem ainda um oitavo cardeal. O arcebispo emérito de Aparecida, dom Raymundo Damasceno Assis, 88, não participa mais do conclave, pois já ultrapassou a idade limite de 80 anos para eleitores.
Francisco nomeou maior parte de cardeais.
Dos 135 votantes, 108 (80%) foram escolhidos por Francisco. Em 12 anos de papado, Francisco nomeou 150 cardeais. Contudo, apenas os membros com menos de 80 anos são considerados votantes para a eleição. Ao todo, o Colégio Cardinalício é composto por 252 cardeais — 117 não eleitores.
Europa ainda é o continente com mais votantes, mas Francisco ajudou a descentralizar a igreja. Do total, 39,2% são da Europa, com 53 eleitores. Na sequência, a América conta com 37 cardeais com poder de voto, seguido de Ásia, 23, África, 18, e Oceania, com 4. Cardeais de 71 países vão escolher o próximo líder máximo do catolicismo mundial.
Influência de Francisco. Fernando Altemeyer, mestre em teologia e professor de ciência da religião na PUC-SP, disse que o fato de o papa ter escolhido grande parte dos cardeais eleitores pode influenciar na escolha do próximo pontífice, já que suas escolhas deram maior representatividade a outros continentes considerados periféricos para a igreja.
*Informações UOL
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